segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Oração do(a) Secretário(a) Paroquial

                                                     


Oração do(a) Secretário(a) Paroquial 

Ó Deus, Vos peço a assistência do Espírito Santo, para que, como secretário(a), seja sinal da presença do Vosso Filho Jesus Cristo, a quantos vierem ao nosso encontro. 

Enriquecido (a) pelos dons da Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Temor e Piedade, corresponda à missão que fui agraciado (a), sem mérito algum, mas porque sois infinitamente misericordioso. 

Que ao terminar o dia, diga apenas: fui um(a) simples servo(a) e fiz apenas o que devia fazer (cf. Lc 17,10), no pensamento, palavra e ação. Amém.

Em poucas palavras...

 


Quedas e tentações

“‘O diabo ronda como leão rugidor procurando a quem devorar’ (1 Pd 5,8). Nesta vida, não está o cristão de modo algum isento, um instante que seja, de tentações e quedas.

Estas, porém, podem ser superadas, porque Deus conhece nossas forças e não permite que as tentações as superem. O homem encontra força na comunhão com Deus. Jó é modelo em toda provação e tentação.” (1)

 

(1)               Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – passagem do Livro de Jó (Jó 1,6-22) – pág. 1323

A eficácia da Palavra no caminho de conversão

                                                     

A eficácia da Palavra no caminho de conversão

A Palavra de Deus é fonte inesgotável de conversão para todos os cristãos e, sobretudo para nós, Presbíteros.

Como sermos autênticos discípulos missionários credíveis do Verbo que se fez Carne se não nos propusermos a trilhar o frutuoso caminho da conversão sincera, silenciosa, contínua...?

Para que possamos avançar neste santo e inadiável propósito é preciso dar passos firmes na acolhida sincera da “Verbum Domini”  Exortação Apostólica do Papa Bento XVI sobre a Palavra de Deus na vida e na Missão da Igreja   e, como presbíteros, termos a coragem de “puxar a fila” na certeza de que construiremos comunidades mais sólidas e instrumentos do Reino, porque firmadas e alimentadas pela Palavra Divina.

Neste caminho, temos que superar as tentações sedutoras, e aqui, lembramos as fundamentais e também nascentes de outras: ter, ser e poder, que bem sabemos o Senhor as venceu no deserto e nos ensinou que também nós podemos vencê-las.

Se a elas sucumbirmos esvaziaremos o sentido de nosso ministério, ofuscaremos inexoravelmente a face do Cristo que nos chamou,  consagrou e enviou com a força do Espírito.

Como amantes do Verbo que Se fez Carne, temos que encontrar na Palavra a fonte de conversão para todos nós... Nela inspirados e iluminados há de ser superado todo o cansaço; recuperadas as perdas de horizontes que nos motivam a caminhar partícipes da civilização do amor em prol da cultura da vida; estéreis fechamentos serão rompidos; esvaziamentos encontrarão seu conteúdo existencial e vital; compensações não serão necessárias; não correspondência ao que o rebanho de nós espera será impensável...

Vale ressaltar que muito do que me refiro aos presbíteros é absolutamente indispensável para todos os cristãos leigos. A conversão é, portanto, imperativo para todos!

Assim como pedimos o pão de cada dia na oração que o Senhor nos ensinou,  podemos intuir que a graça da conversão também é suplicada, para que melhor correspondamos à vontade de Deus.

Sendo a Palavra de Deus o centro e fonte de nossa espiritualidade e da ação evangelizadora, jamais poderemos separá-la da Eucaristia que celebramos, bem como não poderemos nos acomodar em seu conhecimento, acolhimento e vivência. Bem disse são Jerônimo: “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”.

Palavra de Deus não apenas para ser conhecida, mas acolhida, encarnada e vivida, como sementes que se plantam para florescer já no tempo presente, reconstruindo o paraíso não como estéril saudosismo, mas como compromissos intransferíveis...

Urge que nos empenhemos arduamente e decididamente no caminho da conversão, que não consiste num ponto de chegada em si, mas como um caminho permanente a ser percorrido. Sempre alimentados pela Palavra Divina, daremos razão de nossa esperança ao mundo; artífices da caridade porque crentes em sua força, eficácia e penetração no mais profundo de nós mesmos (1Pd 3).

Supliquemos: “A conversão de cada dia nos dai hoje, Senhor!". Amém.

Em poucas palavras...

 


Pequeninos e disponíveis para o Reino

“Jesus não teme aqueles que dispõem secretamente de Seu nome para exorcizar; só podem fazê-lo, crendo em Seu poder salvífico.

Na ação apostólica, é preciso saber aceitar que também outros trabalhem em nome de Cristo. Para isso, cada um deve fazer-se pequenino, sem pretensões, com plena disponibilidade.” (1)

 

(1)Missal Cotidiano – Editora Paulus – 1995 – pág. 1324 – passagem do Evangelho – Lc 9,46-50

Livres para amar e seguir o Senhor

                                     

Livres para amar e seguir o Senhor

Uma reflexão a partir da passagem da Carta de São Paulo aos Gálatas (Gl 5,1-6), em que o Apóstolo nos exorta a nos identificarmos plenamente com Jesus, vivendo a vida nova que Ele nos oferece, na plena liberdade, pois é para a liberdade que Ele  nos libertou (Gl 5,1).

E a verdadeira liberdade consiste no fruto do Espírito, de modo que viver segundo o Espírito, é viver uma liberdade que ninguém pode oferecer, a não ser o próprio Espírito. 

Só é autenticamente livre quem se libertou de si próprio e vive para doar-se inteiramente aos outros, fazendo da vida um dom de si mesmo; abandonando a escravidão de viver centrado em si mesmo, no egoísmo, orgulho, egocentrismo, autossuficiência, individualismo, isolamento empobrecedor.

Reflitamos:

- Somos uma comunidade marcada por relações de amor e doação?
- Damos testemunho da autêntica liberdade no dom da vida ao outro?

Urge que nos coloquemos sempre a caminho, como discípulos missionários do Senhor, no bom combate da fé.

Renovemos a alegria de ter sido escolhidos, amados e chamados e enviados em missão pelo Senhor. É preciso sempre amar, aderir e seguir o Senhor, na mais perfeita e autêntica liberdade.

Questionemo-nos sobre o que ainda nos impede de viver a autêntica liberdade, fidelidade, doação e entrega da vida, na missão que o Senhor nos confiou.

Também reflitamos o que ainda nos prende, e não nos permite abertura ao novo que Deus tem a nos oferecer, e que somente quem se abre ao Espírito, é capaz de captar e compreender.

Caminhemos para frente, com coragem, ousadia, vivendo a graça da vocação profética, dando razão de nossa esperança, testemunhando nossa fé numa prática frutuosa da caridade.

Lembremo-nos do que nos ensina a Igreja: na vida de fé quando não se avança, recua-se. Não há tempo a perder, pois o tempo é breve e a urgência do Reino nos desinstala e o fogo do Espírito nos inflama.

O Amor de Deus cura as feridas da alma

                                                             

O Amor de Deus cura as feridas da alma

Há Missas que ecoam para sempre,
Como deve ecoar sempre o Mistério celebrado,
A Palavra proclamada, na homilia explicada...
Quero então a uma delas voltar.

À Missa se volta? Desde quando?
A Missa continua, prolonga-se, eterniza-se...
Momento de graças vivenciado,
Para sempre eternizado.

O Profeta Isaías cantou a missão do Servo,
Sobre o qual pousaria o Espírito do Senhor,
Para o ano da graça anunciar
E a libertação dos cativos propiciar.

Nesta missão algo maravilhoso fará.
A mais preciosa cura que precisamos
Em grau maior ou menor, vejamos:
“Ele vem curar a ferida da alma”

“Ferida da alma” Sem espiritualizações fúteis.
Quantas vezes ela nos marca e teima permanecer...
O que fazer para curá-la, cicatrizá-la?
Haverá ferida mais difícil a ser curada?

Desconheço, pois ela está no mais profundo do nosso ser.
Para curá-la somente o Seu Extremo Amor.
Reconhecê-la, assumi-la, desejar curá-la.
Sem reminiscências, cicatrizes ardentes.

Somente o Amor de Deus tem poder pleno para curá-la.
O Amor de Deus cura as feridas da alma.
O Amor de Deus cura todas as feridas.
Se assumidas, pelo Amor Divino serão redimidas.

Seu Extremo e Indizível Amor
Que contemplamos em Suas chagas e feridas.
Amor, bondade, mansidão, ternura exaladas,
Para que tantas almas feridas sejam curadas.

Sejamos curados pelo Amor Divino
Destas indesejáveis feridas do íntimo.
Sejamos também desta cura instrumentos.
Bem ao lado há alguém que dela precisa.

Curados para curar com a ação do Santo Espírito.
Curados de nossas feridas para curar do outro as feridas.
Haverá graça maior que Deus possa por nós realizar?
Por isto, Seu Espírito age revitalizando nossas vidas.

Para quem em Deus confia
Não há feridas eternas.
Que Seu Amor imensurável
Nos acompanhe a cada dia!

Lágrimas do cotidiano

                                            


                               Lágrimas do cotidiano
 
 “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar”. (Ecl 3, 1-4)

Ontem, minhas lágrimas se confundiram com as gotas da chuva,
Quando pensava nas estatísticas dos que partiram cedo demais,
Porque quando amamos, assim repetimos, em súplica de dor.
 
Confundiram-se quando ouvi o que não nunca deveria ser dito,
Sobretudo de lábios dos quais só poderiam sair palavras edificantes
E que revigorasse a coragem, acenando para sinais de esperança.
 
Confundiram-se quando chorei a dor absurda dos que passam fome,
Privados do pão cotidiano, que precisa ser melhor partilhado,
Em alegres sinais de comunhão e partilha como o Senhor o fez.
 
Ora minhas lágrimas eram mais fortes que as gotas dos céus,
Mas não tão maiores e intensas do que a Graça que nos vem do alto,
Nos cumulado de bênçãos, luz, sabedoria para o árduo caminho.
 
Mas minhas lágrimas também se confundiram com as gotas chuva,
Por contemplar, com emoção, tantas histórias de doação e coragem,
Dos que arriscam a vida em solidariedade e cuidado de vidas enfermas.
 
Da mesma forma pela gratidão de sinais da bondade divina,
Lágrimas derramadas por nada merecermos, pela miséria que somos,
Mas pela eterna misericórdia divina, que nos acolhe, ama e perdoa.
 
Lágrimas vertidas sobre a face e gotas de chuvas se misturavam.
Ora em expressão de angústia e tristeza, ora esperança e alegria,
E que quando de tristeza, secas pelo calor do Sol Nascente.
 
Lágrimas e gotas de chuva presentes no cotidiano humano:
Se preciso chorar pela dor, choremos, mas em Deus confiemos,
e vertamos também lágrimas a Deus, de eterna dívida e gratidão. Amém.
 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG