quarta-feira, 1 de outubro de 2025
“A montanha azul”
Mães: discípulas do Divino Amor, Jesus
Mães: discípulas do Divino Amor, Jesus
Mães são necessárias discipulas missionárias do Senhor, discípulas do Divino Amor.
São aprendizes e educadoras para a construção de uma cultura de vida e de paz, que passa necessariamente pela vivência do Mandamento do Amor que nosso Senhor nos ordenou: “Amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei” (Jo 15,12).
Neste sentido, volto a algumas preciosas fontes da Igreja sobre o amor:
Assim os padres do deserto escreveram sobre o amor, a partir de um diálogo entre o mestre e seu discípulo:
“Perguntaram-lhe a um grande mestre:
Quando o amor é verdadeiro?
Quando é fiel – foi a resposta.
E quando é profundo?
Quando é sofredor – foi a resposta.
E como fala o amor?
A resposta foi:
O amor não fala.
O amor ama”.
Disse Santo Tomás de Aquino (séc. XII):
“Enquanto o amor humano tende a apossar-se do bem que encontra no seu objeto, o amor divino cria o bem na criatura amada."
Mais tarde, assim nos falou o Presbítero João da Cruz (séc. XVI), sobre o julgamento final:
“Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor”.
Memoráveis, também, as palavras de Santa Teresinha do Menino Jesus (séc. XIX):
“Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, Tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará”.
Concluindo, peçamos a Deus por todas as mães que, tendo vivido amor assim, estejam na glória Deus, brilhando como os justos no Reino do Pai, como nos prometeu o Senhor (Mt 13,43); e por aquelas que estão entre nós, que sejam sábias discípulas do Verbo, o Divino Amor que se fez Carne e habitou entre nós (cf. Jo 1,14).
Em poucas palavras...
“Na morte, Deus chama o homem a Si...”
“Na morte, Deus chama o homem a Si. É por isso que o cristão pode experimentar, em relação à morte, um desejo semelhante ao de São Paulo: «Desejaria partir e estar com Cristo» (Fl 1, 23). E pode transformar a sua própria morte num ato de obediência e amor para com o Pai, a exemplo de Cristo (Lc 23,46):
«O meu desejo terreno foi crucificado: [...] há em mim uma água viva que dentro de mim murmura e diz: "Vem para o Pai"» (Santo Inácio de Antioquia).
«Ansiosa por ver-Te, desejo morrer» (Santa Teresa de Jesus).
«Eu não morro, entro na vida» (Santa Teresinha do Menino Jesus).
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1011
“No coração da Igreja minha vocação é o amor...”
“No coração da Igreja minha vocação é o amor...”
No dia 1º de outubro, celebramos a memória de uma grande testemunha do Senhor, Santa Teresinha do Menino Jesus (séc. XIX), sejamos enriquecidos por sua autobiografia.
“Meus imensos desejos me eram um autêntico martírio. Fui, então, às cartas de São Paulo a ver se encontrava uma resposta. Meus olhos caíram por acaso nos capítulos doze e treze da Primeira Carta aos Coríntios.
No primeiro destes, li que todos não podem ser ao mesmo tempo apóstolos, profetas, doutores, e que a Igreja consta de vários membros; os olhos não podem ser mãos ao mesmo tempo. Resposta clara, sem dúvida, mas não capaz de satisfazer meu desejo e dar-me a paz.
Perseverei na leitura sem desanimar e encontrei esta frase sublime: Aspirai aos melhores carismas. E vos indico um caminho ainda mais excelente (1Cor 12,31).
O Apóstolo esclarece que os melhores carismas nada são sem a caridade, e esta caridade é o caminho mais excelente que leva com segurança a Deus. Achara enfim o repouso.
Ao considerar o Corpo místico da Igreja, não me encontrara em nenhum dos membros enumerados por São Paulo, mas, ao contrário, desejava ver-me em todos eles. A caridade me deu o eixo de minha vocação.
Compreendi que a Igreja tem um corpo formado de vários membros e neste corpo não pode faltar o membro necessário e o mais nobre: entendi que a Igreja tem um coração e este coração está inflamado de amor.
Compreendi que os membros da Igreja são impelidos a agir por um único amor, de forma que, extinto este, os apóstolos não mais anunciariam o Evangelho, os mártires não mais derramariam o sangue.
Percebi e reconheci que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno.
Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, Tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará”.
Santa Terezinha pouco viveu, mas teve tamanha intensidade e amor, que ficará para sempre viva, presente em nossa memória. Ela foi declarada a “Padroeira das Missões”, por Pio XI, em 1927.
Entre as quatro doutoras da Igreja, ela está ao lado de Santa Teresa de Ávila e Santa Catarina de Sena e Santa Hildegarda de Bingen.
Em oração atenta, deleitando-se com a Palavra Divina, descobriu seu lugar na Igreja, e sua exclamação ressoa no nosso: "No coração da Igreja minha vocação é o amor!”
Responderemos que somos padre, religiosa, primeiros educadores da fé, pelo exemplo e palavra aos filhos, por Deus, confiados (pai e mãe).
Com toda certeza, diremos o que somos, o que fazemos, os títulos que possuímos, o trabalho que já fizemos ou faremos etc.
Somente uma jovem com intenso amor no coração, pelo Amado seduzido, com o fogo do Amor do Espírito, em fidelidade ao Pai de Amor, poderia ter dito de forma tão singular e tão marcante:
“No coração da Igreja minha vocação é o amor...”
Sejamos ou façamos o que for, mas façamos vocacionados para o Amor e pelo Amor, somente assim seremos fiéis e amados Discípulos Missionários do Senhor!
Em poucas palavras...
A caridade Cristo: a fonte dos méritos
“A caridade de Cristo é, em nós, a fonte de todos os nossos méritos diante de Deus. A graça, unindo-nos a Cristo com um amor ativo, assegura a qualidade sobrenatural dos nossos atos e, por consequência, o seu mérito, tanto diante de Deus como diante dos homens. Os santos tiveram sempre uma consciência viva de que os seus méritos eram pura graça.
«Depois do exílio da terra, espero ir gozar de Vós na Pátria, mas não quero acumular méritos para o céu, quero é trabalhar só por vosso amor [...] Na noite desta vida, aparecerei diante de Vós com as mãos vazias, pois não Vos peço, Senhor, que conteis as minhas obras. Todas as nossas justiças têm manchas aos vossos olhos. Quero, portanto, revestir-me com a vossa própria Justiça, e receber do vosso Amor a posse eterna de Vós mesmo...» (Santa Teresa do Menino Jesus).” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.2011
Aprendizes da linguagem do Espírito
Construamos comunidades, como espaço privilegiado, onde se viva:
Santa Teresinha: A Padroeira das Missões
Santa Teresinha: A Padroeira das Missões
“No coração da Igreja minha vocação é o amor...”
A Igreja dedica, de modo especial, o mês de outubro para aprofundar sobre as Missões, mas é evidente que todos os dias são favoráveis para que vivamos a graça da missão.
Santa Teresinha do Menino Jesus (séc. XIX) pouco viveu, mas teve tamanha intensidade e amor, e ficará para sempre viva, presente em nossa memória.
Grande testemunha do Senhor, cuja Memória celebramos no dia 1º de outubro, e foi declarada a “Padroeira das Missões”, por PIO XI, em 1927.
Retomo suas palavras, quando procurava encontrar o lugar da sua vocação na Igreja: “Então, delirante de alegria, exclamei: Ó Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação: minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, Tu me deste este lugar, meu Deus. No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo, e meu desejo se realizará”.
Em oração atenta, deleitando-se com a Palavra Divina, descobriu seu lugar na Igreja, e sua exclamação ressoa por todo o tempo: "No coração da Igreja minha vocação é o amor!”
Vivendo a graça do tempo que antecede o Sínodo 2021-2023, também podemos nos perguntar - “Qual é a minha vocação na Igreja, sobretudo uma Igreja Sinodal, Povo de Deus que caminha juntos, na comunhão, participação e missão?”
Com toda certeza, diremos o que somos, o que fazemos, os títulos que possuímos, o trabalho que já fizemos ou faremos etc. Mas, que a exemplo desta jovem, tenhamos intenso amor no coração a fim de que pelo Amado Jesus seduzidos, com o fogo do Amor do Espírito, vivamos maior fidelidade ao Plano de Amor que Deus tem para todos nós.
Sejamos ou façamos o que for, mas façamos vocacionados para o Amor e pelo Amor, somente assim seremos fiéis e amados Discípulos Missionários do Senhor, edificando comunidades eclesiais missionárias.