terça-feira, 30 de setembro de 2025

Sagrados traços que devem marcar um (a) secretário (a) paroquial


 

Sagrados traços que devem marcar um (a) secretário (a) paroquial
 
Secretaria, pequeno grande espaço da acolhida,
Muito mais do que um espaço de registros, burocracias necessárias.
Um pequeno oásis no deserto de nossas paróquias,
Que, por vezes, muitos acorrem em busca de água para sedes tantas.
 
Uma orientação, um sacramento, uma ajuda para a travessia.
Atrás de uma mesa, deve estar alguém que irradie uma luz
Uma palavra - ainda que provisória - mas com o padre, em sintonia,
Presença terna e acolhedora do Amado Senhor Jesus.
 
Precisa ter os traços de Simeão, que acolheu nos braços
A Divina Luz das Nações, o Menino Jesus.
Há de deixar transparecer para quem ali acorre,
Que é alguém que também um dia para sempre O contemplou.
 
Outras vezes revelar os traços da viúva Ana,
Incansável em falar da Divina Criança,
Para que reacenda no espaço do trabalho,
A chama da divina e eterna Esperança.
 

Que haja um pouco de "Maria" em cada secretário,
Quando em meio a tanto por fazer,
Encontre tempo para o recolhimento, oração,
em silêncio fecundo e revitalizador necessário. 

Saiba silenciar a “Marta” de cada dia,
Sem deixar-se consumir em ativismo indesejável,
Conciliando o muito a fazer com espiritualidade,
Pois sem ela, o vazio deplorável e empobrecedor.
 

Sejam como Simão de Cirene, alegres servidores
Dos padres e tantos agentes, companheiros, 
com coragem para dividir o peso da cruz de mil desafios,
Em compaixão e solidariedade imprescindíveis.
 

Que sigam os passos do discípulo Amado,
Em plena fidelidade e intimidade com o Senhor.
Sem arredar o pé do calvário, e, por tanto amor,
Ali permanecer fiéis, inseparáveis, intenso Mistério Pascal.
 
Por fim, a exemplo de Maria Madalena, Apóstola dos Apóstolos,
Sejam testemunhas da vitória de quem vive para sempre: Jesus.
Sirvam  com renovada fé, peregrinando na esperança.
Secretariar é preciso, mas com o coração inflamado de Amor. Amém.
 

PS: Passagens dos Evangelhos: Lc 2,25-38; Lc 10,38-42; Mt 27,32; Jo 19,25-37; Jo 20,11-18

Oração do(a) Secretário(a) Paroquial

                                                  


Oração do(a) Secretário(a) Paroquial 

Ó Deus, Vos peço a assistência do Espírito Santo, para que, como secretário(a), seja sinal da presença do Vosso Filho Jesus Cristo, a quantos vierem ao nosso encontro. 

Enriquecido (a) pelos dons da Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Temor e Piedade, corresponda à missão que fui agraciado (a), sem mérito algum, mas porque sois infinitamente misericordioso. 

Que ao terminar o dia, diga apenas: fui um(a) simples servo(a) e fiz apenas o que devia fazer (cf. Lc 17,10), no pensamento, palavra e ação. Amém.

O exigente caminho da Salvação

                                                          

O exigente caminho da Salvação

Como discípulos missionários de Jesus Cristo, é preciso que trilhemos o mesmo caminho por Ele percorrido, como tão bem retrata o Evangelista Lucas (Lc 9,51-56), na passagem proclamada na terça-feira da 26ª Semana do Tempo Comum.

Ele inicia uma viagem que é a caminhada para a glória, mas passa pelo inevitável caminho real da Cruz. Sem murmurações, contando sempre com a força, presença e ação do Espírito Santo que O leva a viver incondicional fidelidade ao Pai. 

Com Sua Vida, testemunha o que ensinou com a Sua Palavra, e é o Servo do Senhor que Se deixa conduzir ao matadouro, sem a boca abrir e, porque Cordeiro mudo, tornou-Se Pastor imortal para o rebanho por toda a eternidade. 

Muitas vezes, também nós cristãos gostaríamos de ver o triunfo da fé e da Igreja, mas segundo critérios mundanos.

O aplauso dos homens, as aclamações dos poderosos, o favor dos meios de comunicação podem ser, na verdade, modo de açaimar a verdadeira profecia, que compete aos sequazes de Cristo no mundo. 

Foi diferente o percurso traçado e indicado pelo Messias sofredor.” (1) 

Nada poderá calar a verdadeira profecia dos discípulos missionários do Senhor. nada poderá calar a voz daqueles que creem, anunciam e testemunham a Sua Palavra.

Da mesma forma, nada poderá amordaçar nossa boca e amarrar nossos pés, pois tão somente assim trilharemos o caminho que nos conduz ao Céu, carregando com fé nossa cruz cotidiana.

Reflitamos:
- O que poderá roubar a capacidade de nos entregarmos, com paixão, pela causa do Reino?
- O que poderá se sobrepor à missão da Igreja, na continuidade da missão do Senhor?

Oportunas são as palavras do Apóstolo Paulo aos romanos: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Rm 8,35).

Supliquemos sempre a força do Espírito Santo, que vem em socorro de nossa fraqueza, para que não vacilemos na fé, não esmoreçamos na esperança e jamais esfriemos na caridade, com total e incondicional confiança e entrega ao Senhor.

Façamos esta súplica tantas vezes quanto for necessário, mas jamais desistamos do caminho árduo da salvação, que passa pela porta estreita, com as renúncias necessárias, carregando nossa cruz de cada dia.
 

(1) Lecionário Comentado - Volume Tempo Comum - Ediora Paulus - Lisboa - pág. 460. 

Em poucas palavras...

                                                       


A Sagrada Escritura

"Se conforme o Apóstolo Paulo, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder de Deus e Sua Sabedoria, ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. (1)

 

(1) São Jerônimo: Presbítero e Doutor da Igreja (340-420)  tradutor da Bíblia para o Latim, que até então era em hebraico e grego, por longos 35 anos.

Citado no parágrafo n.133 do Catecismo da Igreja Católica

 

Em poucas palavras...

                                              


Dai-nos, paciência, Senhor

“A primeira condição do discípulo é a paciência em face do insucesso.

Jesus reprovará Tiago e João e os convidará a dar o tempo necessário à realização da conversão e ao progresso do Reino. A impaciência dos apóstolos é muitas vezes a nossa.”  (1)

 

(1)         Missal Cotidiano – Editora Paulus - Comentário sobre a passagem do Evangelho de Lucas ( Lc 9,51-56) – pág.1328

A Missão que o Senhor nos confia

                                                                     

A Missão que o Senhor nos confia

Na Liturgia, da terça-feira da 26ª  Semana do Tempo Comum (ano ímpar), o Profeta Zacarias nos fala da vinda de muitos povos e nações que viriam visitar o Senhor em Jerusalém (Zc 8,20-23),

O Comentário do Missal Cotidiano nos diz: “O oráculo com que se encerra a primeira parte do Livro de Zacarias reflete a tomada de consciência por parte da nascente comunidade judaica, de sua missão espiritual e universal” (1).

E a Salvação que Jesus veio trazer se estenderá, de fato, a todos os povos, como vemos também na passagem do Evangelho (Lc 9, 51-56).

Volto a uma questão fundamental: na primeira Leitura, o Profeta deixa transparecer que quem conhece a Deus deve também torná-lo conhecido a todos, num processo contínuo de conversão e proximidade.

Diz ainda o Missal Cotidiano: “Nosso testemunho de fé deveria ser tal qual que pudéssemos ouvir: ‘Queremos ir convosco, porque compreendemos que Deus está convosco’” (2).

Mais uma vez, voltemos às palavras do Papa Bento XVI, em sua Carta Encíclica “Deus Caritas est”, primeiro parágrafo:

Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.

Vivendo os primeiros dias do mês que dedicamos de modo especial ao tema das Missões, é oportuno refletirmos:

- Temos consciência de que a Salvação de Deus se destina a todos os povos?
- Como nos empenhamos para que todos os povos conheçam e adorem a Deus em espírito e verdade?
- Despertamos, pelo testemunho de nossa fé em Deus, o desejo de que outros caminhem conosco?

Invoquemos a luz do Espírito Santo, para que sejamos fortalecidos na graça da missão de anunciar e testemunhar a Palavra do Senhor, com palavras e obras, pois tão somente assim nossa luz haverá de brilhar e Deus será glorificado.



(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus -  p.1324
(2) Idem p.1325.

Em poucas palavras...

                                                


O testemunho de fé

“Zacarias insinua que quem conhece a Deus deve fazê-lo conhecido dos demais.

Nosso testemunho de fé deveria ser tal que pudéssemos ouvir: ‘Queremos ir convosco, porque compreendemos que Deus está convosco’” (1)

 

 

(1)               Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 1325 sobre a passagem bíblica: Zc 8,20-23

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