quinta-feira, 8 de maio de 2025

Um dia iluminado pelos raios do Sol

                                                           

Um dia iluminado pelos raios do Sol

“Mas para os que respeitam o meu nome,
a minha justiça brilhará como a luz do Sol
que traz saúde nos seus raios” (Mal 3,20)

Hoje é um dia especial!
Reveja o ano que passou, cada sol que se pôs, e a história que você escreveu.

Há páginas que vai querer reler, rememorar e suas linhas docemente saborear, porque trouxeram encantamento, tornando sua vida mais luminosa.

Outras talvez não queira nem tocar, tão pouco reler. Porém a vida se faz de páginas diferenciadas, e quando difíceis, devem ser assimiladas, as lições aprendidas, sobretudo porque irremovíveis.

A cada sol que se pôs, espero que tenha vivido intensamente, e não apenas a chegada da noite prefigurando um novo dia a ser vivido, sem as salutares paixões e sonhos que nos movem.

A cada sol que se pôs, que você tenha o melhor semeado, com o amor que em teu coração se faz presente, regado para florescer no jardim da alma de quantos possa alcançar.

Hoje é um dia especial para você e também para nós, seus amigos.
Faça planos e projetos para mais um ano de vida, como que a rede da vida tecer.

Que cada sol que nascer acorde de seus sonhos salutares, cultivados no silêncio da noite, e procure torná-los realidade, pois a vida é feita de sonhos e concretizações dos mesmos.

Que o sol nascente seja para respirar fundo e pôr-se a caminho para a realização destes, com a presença e ajuda de tantos e tantas, que acreditam que eles podem se tornar realidade.

Contemplando, a cada dia, os raios do sol nascente, tenha a alma iluminada e aquecida, para que não sucumba diante dos sombrios desafios próprios da condição humana.

Parabéns pelo seu aniversário! Peço que o Sol Nascente, Jesus, todos os dias, ilumine seus caminhos com Sua Divina presença e Palavra.

Parabéns! Feliz aniversário!

Copiosas bênçãos divinas caiam sobre você.
Olhe sempre para o sol!
E de modo especial, para o Sol dos sóis, Jesus.

Seja feliz!

Hoje é meu aniversário

                                                   


Hoje é meu aniversário

Hoje é meu aniversário e quero muito a Deus agradecer,
Pelo dom da vida que há cinquenta anos me concedeu.
Cada dia, cada instante por Ele abençoado, protegido, assistido...
Por Sua bondade, ternura, carinho e abraço, sinto-me envolvido.

Hoje é meu aniversário e quero muito a Deus agradecer,
Pelo pai e mãe que me geraram e me ajudaram a construir o meu “EU”.
Berço da família, alicerce indispensável, para vida sólida e feliz.
Lugar do aprendizado da Palavra Sagrada que no coração ficou sua raiz.

Hoje é meu aniversário e quero muito a Deus agradecer,
Pela fé que foi transmitida por todos aqueles que me antecederam.
Faço memória de meus antepassados, que na fé cristã enraizados
O amor de Deus e a esperança testemunhada, belos tesouros deixados.

Hoje é meu aniversário e quero muito a Deus agradecer,
Pelo Mistério da Trindade que a cada dia algo novo me dá a conhecer.
Mistério do amor perfeito, amor comunhão, pela Igreja vivido.
Mistério que faz nossa vida ter beleza, cor, conteúdo e sentido .

Hoje é meu aniversário e quero muito a Deus agradecer,
Pelos amigos que comigo vibram, a cada anoitecer e amanhecer.
Pelos amigos e amigas que comigo choram, lutam, sonham, pela Vida se enamoram.
Pelos amigos que me enriquecem, criticam, no meu crescimento colaboram.

Hoje é meu aniversário e quero muito a Deus agradecer,
Por todos aqueles que na minha limitação possa esquecer.
Por todos aqueles que da minha alegria participam.
Por todos aqueles que às minhas quedas se antecipam.

Hoje é meu aniversário e quero muito a Deus agradecer,
Por todos que não pude corresponder tanto quanto possam merecer.
Por tantos que em minha memória navegam em suave lembrança.
Hoje quero que Deus me dê o vigor e a pureza de uma feliz criança.

Hoje é meu aniversário...
Nada a pedir, muito a agradecer...
Sem rima, sem métrica, sem mérito de chamar de poesia...
Apenas um pedido: participe hoje e sempre da minha alegria!

Não nos foi dado um espírito de timidez

                                                                   

Não nos foi dado um espírito de timidez

Reflexão à luz da passagem da Carta do Apóstolo Paulo a Timóteo (2 Tm 1,6-8.13-14), na qual o Apóstolo exorta Timóteo, e toda a comunidade a se manterem fiéis no discipulado, deixando de lado todo o medo, acomodação, instalação e distração.

Na vida dos discípulos missionários, não pode haver lugar para o desânimo e vacilo na fé. É preciso manter o ânimo, com fortaleza, enfrentar e superar as dificuldades, com fidelidade total no testemunho da fé n’Aquele que nos chamou, Jesus.

Tomando consciência da presença amorosa e da preocupação de Deus para conosco, continuar no bom combate, no testemunho da fé. É preciso sempre levar a sério a vocação para a qual Deus nos chama, superando toda e qualquer forma de timidez, medo, insegurança...

A presença amorosa de Deus, a sentimos pela ação do Espírito Santo, certos de que não nos foi dado “Espírito de timidez, mas de força, de amor, de sabedoria”.

Assim afirma o Missal Cotidiano:

“Não devemos envergonhar-nos de dar testemunho de Cristo. É necessário coragem diante dos opositores externos e internos à comunidade. Como Paulo, que não tem desgostos, porque lutou bem e está em vias de dar a Cristo o supremo testemunho de fé e amor, precisamos não nos deixar desgastar pela luta, mas permanecer unidos aos que receberam de Cristo a missão de guiar a comunidade dos fiéis” (p. 856). 
Com a graça, a misericórdia e a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor, reavivemos a chama do dom de Deus que nos foi concedida pela misericórdia divina, e não nos envergonhemos de dar testemunho de nosso Senhor e de todos os que por Ele foram chamados para a continuidade de Sua missão, como nos exortou o próprio Apóstolo Paulo (2Tm 1,8).

Renovemos, portanto, a alegria e o ardor na graça de sermos discípulos missionários do Senhor, fazendo a mais bela súplica: Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito e renovai as nossas forças. Enviai-nos, Senhor, Vosso Espírito, e tudo se renovará. Amém. 

Aniversário: O encontro de três tempos!

                                                              

Aniversário: O encontro de três tempos!

Aniversário, tempo favorável de avaliação...
Caminhos feitos com marcas diferenciadas,
Algumas para sempre eternizadas em nossa alma,
Outras a serem humildemente penitenciadas.

Tempo de ver quantos sonhos se tornaram realidade,
Porque de sonhos se nutrem e movem as humanas histórias.
Para concretizá-los, a Luz Divina acompanhou.
Como é bom revitalizar-se por belas memórias!

E quantos outros nos acompanharão até a eternidade?
Sonhos existem para nos impulsionar nos caminhos,
Acreditando que muito já se fez, e muito há por realizar,
Amadurecendo e crescendo com a dor dos espinhos.

Tempo de dizer que se aprendeu com os erros,
E de dizer, sem falso remorso, que se arrependeu.
Que a Misericórdia Divina uma nova possibilidade
Para quantos se abriu, Deus no-la concedeu.

Tempo de olhar para frente com coragem,
Com mais maturidade e muita ousadia,
Inexoravelmente com menos vigor físico,
Mas com o saber que se cumulou a cada dia.

Tempo de dizer que vale a pena viver,
De que há muito, mas muito ainda para realizar.
Que com a Graça Divina e com o Sopro do Espírito,
Presença d’Ele o seremos para quem precisar.

Tempo de ver quanto a família foi e é tão preciosa,
Porque nos deu e há de dar os primeiros ensinamentos
Para correta conduta, que ao mundo não desaponte,
Porque também pautada pelos Divinos Mandamentos.

Tempo favorável para avaliar as amizades,
Amizades verdadeiras para sempre construídas,
Porque firmadas na Mesa do Banquete Sagrado,
É que tornam mais bela e próspera a nossa vida.

Tempo de avaliar a caminhada de fé na Força Divina
Que nos acompanha, renovando a necessária confiança;
Caridade alimentada na Mesa da Palavra e Eucaristia
Realizando, ainda que em sinais, a virtude da esperança!

Tempo de revitalizar expectativas e revigorar utopias,
Porque horizontes alargados, relativizam problemas.
Tempo de fincar âncoras no melhor do passado vivido,
Sem nos perdermos em falácias e inúteis dilemas.

Passado, presente e futuro se fundem!
Olhar o passado, necessária retrospectiva!
Olhar o presente, inumeráveis agradecimentos!
Olhar o futuro, salutar perspectiva!

“Graça, misericórdia e paz”

                                                            

“Graça, misericórdia e paz”

Reflexão à luz da passagem da Carta do Apóstolo Paulo a Timóteo (1 Tm 1, 1-2.12-14).

Retomo os dois primeiros versículos:

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus nossa esperança, a Timóteo, verdadeiro filho na fé: a graça, a misericórdia e a paz de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Sobre estes versículos, o Lecionário Comentado nos enriquece com estas palavras:

“Ao filho Timóteo, que ele gerou na fé e com o qual partilha o ministério, Paulo augura que possa experimentar a ‘graça’, ou seja a presença do Espírito, infundido pelo Pai e pelo Filho; a ‘misericórdia’, isto, é o perdão de Deus (só nas Cartas a Timóteo é que Paulo augura também a misericórdia); a ‘’paz’, ou seja, a reconciliação com Deus, consigo mesmo, com o seu serviço, com os irmãos e com o mundo” (1)

Esta saudação Paulina pode ser repetida por nós a quantos pudermos: “Graça, misericórdia e paz”, pois todos precisamos da graça que nos vem pelo Espírito que em nós habita; da misericórdia, porque imperfeitos que somos, pecadores consequentemente o somos, e colocamos nossa miséria nas mãos de Deus que nos ama e nos perdoa e nos faz uma nova criatura, e por fim, somos plenificados pela paz, pelo “shalon”, plenitude de bens e dons, pela gloriosa presença do Ressuscitado em nosso meio, que conosco caminha, desde aquela aurora, em que se manifestou o Sol Nascente a Maria Madalena e aos primeiros Apóstolos.

Que também possamos ouvir de nossos irmãos e irmãs a mesma saudação: “graça, misericórdia e paz”, para que nossa vida cristã esteja inteiramente situada entre a experiência da misericórdia de Deus por nós, que somos pecadores, e a solicitude misericordiosa pelos nossos irmãos e irmãs, como expressão de quem foi amado e perdoado por Deus, que espera o mesmo de cada um de nós em relação ao nosso próximo.


(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - p.322

quarta-feira, 7 de maio de 2025

“Iluminação”

                                                          

“Iluminação”

“A este Batismo dá-se também o nome de ‘iluminação’, 
porque os iniciados nesta Doutrina são iluminados 
na sua capacidade de compreender as coisas”

Reflexão à luz da passagem extraída “Da Primeira Apologia em defesa dos cristãos”, do Mártir São Justino (séc. I), sobre a graça do Batismo, como o banho do novo nascimento, através do qual somos iluminados.

“Vamos expor de que modo, renovados por Cristo, nos consagramos a Deus.

Todos os que estiverem convencidos e acreditarem no que nós ensinamos e proclamamos, e prometer em viver de acordo com essas verdades, exortamo-los a pedir a Deus o perdão dos pecados, com Orações e jejuns; e também. nós rezaremos e jejuaremos unidos a eles.

Em seguida, levamo-los ao lugar onde se encontra água; ali renascem do mesmo modo que nós também renascemos: recebem o Batismo da água em nome do Senhor Deus Criador de todas as coisas, de nosso Salvador Jesus Cristo e do Espírito Santo.

Com efeito, foi o próprio Jesus Cristo que afirmou: Se não renascerdes, não entrareis no Reino dos Céus (cf. Jo 3,3-5). É evidente que não se trata, uma vez nascidos, de entrar novamente no seio materno.

O Profeta Isaías também diz àqueles que pecaram e se arrependem, como libertar-se das culpas. São estas as suas palavras: Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! Aprendei a fazer o bem! Julgai a causa do órfão, defendei a viúva. Vinde, debatamos – diz o Senhor. Ainda que vossos pecados sejam como púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve. Se não me ouvirdes, uma espada vos destruirá. Assim falou a boca do Senhor (cf. Is 1,16-20). 

Esta Doutrina, nós a recebemos dos Apóstolos. No nosso primeiro nascimento, fomos gerados por um instinto natural, na mútua união de nossos pais, sem disso termos consciência.

Fomos educados no meio de uma sociedade desonesta e em maus costumes.

Todavia, para termos também um nascimento que não seja fruto da simples natureza e da ignorância, mas sim de uma escolha consciente, e obtermos pela água o perdão dos pecados cometidos, sobre aquele que quiser renascer e fizer penitência dos pecados, é pronunciado o nome do Senhor Deus Criador de todas as coisas. Somente podemos invocar este nome sobre aquele que é levado à água do Batismo.

A ninguém é permitido pronunciar o nome inefável de Deus. Se alguém ousa afirmar ter em si este nome, não passa de um louco.

A este Batismo dá-se também o nome de ‘iluminação’, porque os iniciados nesta Doutrina são iluminados na sua capacidade de compreender as coisas. Mas a purificação daquele que é iluminado, faz-se em nome de Jesus Cristo, crucificado sob Pôncio Pilatos, e em nome do Espírito Santo que, pelos Profetas, predisse tudo quanto dizia à respeito de Jesus”. (1)

Ao participar da Vigília Pascal, Mãe de todas as Vigílias, renovamos nossas promessas Batismais e fomos aspergidos pela água sobre a qual foi invocado o Espírito Santo, acompanhada pelo canto que dizia:

Banhados em Cristo somos uma nova criatura”, e sob a luz do Círio Pascal, que fora aceso no início da celebração, com toda a sua beleza e simbolismo que nos comunica a presença do Cristo, Vivo, Glorioso e Ressuscitado.

Sejamos fortalecidos em cada Eucaristia que participarmos pela Palavra Divina, para que vivamos o Batismo, com este nome tão expressivo, como São Justino nos apresenta – “Iluminação”.

Ser batizado é ser sal da terra, fermento na massa e alguém que por Cristo iluminado, e que, ao mundo, comunica a luz nas mais adversas e sombrias situações, a fim de que todos vida plena tenhamos. Aleluia!

(1) Liturgia das Horas - Volume Quaresma/Páscoa - pág.649-650

Em poucas palavras...

                                                       


Jesus, rosto radiante da misericórdia de Deus

“Sobre nós permanecem pousados os olhos misericordiosos da Santa Mãe de Deus. Ela é a primeira que abre a procissão e nos acompanha no testemunho do amor.

A Mãe da Misericórdia reúne a todos sob a proteção do seu manto, como a quis frequentemente representar a arte.

Confiemos na sua ajuda materna e sigamos a indicação perene que nos dá de olhar para Jesus, rosto radiante da misericórdia de Deus.” (1)

  

(1) Parágrafo n 22 - Carta Misericórdia et mísera - Papa Francisco

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