sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Dom Joaquim: um Semeador do Pai entre nós

 Dom Joaquim: um Semeador do Pai entre nós
"Eis que o semeador saiu para semear. E ao semear...”
(cf. Mt 13, 3-8).
Assim foi e fez Dom Joaquim em nosso meio,
Num tempo tão curto, mas tão intenso e fecundo,
Como incansável semeador, noite e dia, literalmente.
Semeou com ardor e sem cansaço, testemunhamos.

Crendo que a figura deste mundo passa, porque o tempo é breve,
Fez ressoar as palavras do Apóstolo Paulo.
Visitas Pastorais em todas as paróquias e capelas,
Exortando-nos para o essencial e indispensável,
Para que nossa fé seja mais luminosa.

Reuniões, formação, motivação, retiros, pregação,
Bebendo na Sagrada Fonte da Palavra Divina,
Motivando-nos para que também o mesmo façamos,
Para que nossa esperança não se torne uma ilusão,
Da vida, fuga, ausência de compromissos, evasão, mas
Caridade autêntica vivida, do Reino de Deus participando.

Semeou palavras que caíram em nossa mente
E fincaram raízes profundas nas entranhas do coração,
Frases que jamais serão esquecidas, por nós, hoje repetidas:
“Deus nos ama e nos criou por amor,
Para sermos felizes fazendo os outros felizes”
Nisto acreditou, e mais que proclamou, realizou.

Semeou e regou o coração de padres e agentes
Para a realização da tríplice missão que nos é confiada:
Santificar, ensinar e governar a Igreja que somos.
Semeou as sementes do Espírito, os indispensáveis sete dons,
Para não sucumbirmos às armadilhas dos pecados capitais
Que nos escravizam, roubam nossa alegria e dignidade.

Tão pouco tempo entre nós para ficar para sempre!
Fez história muito mais pelo que virá das sementes lançadas,
Do que as flores e frutos visíveis e saboreados.
Dom Joaquim semeou no chão de nosso coração.
Agora cabe torná-lo fértil, e não beira de caminho,
Terreno pedregoso e espinhoso, com a força da Oração.

Se não viu, no chão da Igreja e da cidade, o jardim florescer,
Teve a coragem, como Pastor do rebanho, a ele, pela Igreja confiado,
A melhor semente lançar, para que não dominem as trevas do pecado.
Se não viu, no chão da Igreja e da cidade, os frutos produzir,
Não teve medo de assumir a vocação profética em todos os âmbitos,
Fazendo a Luz Divina reluzir, em atenção à ordem do Senhor.

Não viu quase nada do que aqui plantou,
Mas no céu, cremos, vê e contempla nossa caminhada,
E espera tão apenas que não recuemos.
Coragem, nos dizia, palavra tão simples e forte.
Que a sua memória seja para nós a motivação necessária
Para o bom combate da fé e esperança e caridade viver. Amém!


PS: Publicado no jornal Folha Diocesana – Edição nº 204, repostado hoje quando celebramos nove anos de sua passagem para a eternidade.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG