Retomemos a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 1,15), em que Jesus é levado pelo Espírito para o deserto, e lá foi tentado por Satanás, por quarenta dias.
Reflitamos sobre a vitória de Jesus sobre Satanás:
- Com Jesus, somos mais que vencedores (cf. Rm 8,37):
“Pois não há, amadíssimos, atos de virtude sem a experiência das tentações, nem fé sem prova, nem combate sem inimigo, nem vitória sem batalha”. (Papa São Leão Magno – séc. V)
Cinjamos nossos rins com a verdade, revistamos a couraça da justiça e tenhamos os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.
Tenhamos como proteção constante, o escudo da fé, coloquemos o capacete da Salvação e com a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e tão somente assim, venceremos as propostas sedutoras do Maligno (cf. Ef 6,10-20).
- Peregrinar pelo deserto com Jesus:
“Com efeito, nossa vida, enquanto somos peregrinos neste mundo, não pode estar livre de tentações, pois é através delas que se realiza nosso progresso e ninguém pode conhecer-se a si mesmo sem ter sido tentado.
Ninguém pode vencer sem ter combatido, nem pode combater se não tiver inimigo e tentações”. (Santo Agostinho – séc. V)
- Quaresma: vençamos as tentações (Catecismo da Igreja Católica – nn. 539-540):
“A vitória de Jesus sobre o tentador, no deserto, antecipa a vitória da Paixão, suprema obediência do Seu amor filial ao Pai (...)
(...) Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao Mistério de Jesus no deserto”.
Continuemos, também, nosso itinerário Quaresmal, vivendo nosso tempo de deserto, vencendo as tentações do Maligno: ter, poder e ser (acúmulo, domínio e prestígio, respectivamente).
Urge que sejamos iluminados pelas reflexões acima, nutridos pela Palavra e revigorados pela Eucaristia, para que, vivendo intensamente a Quaresma, configurados e unidos a Jesus no Mistério de Sua Paixão e Morte, possamos celebrar o coração da Liturgia, a Sua Páscoa, exultantes de alegria e o Aleluia ressoará mais forte.
PS: Apropriadas para as passagens do Evangelho de Mateus (Mt 4,1-11 e Lucas (Lc 4.1-13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário