sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Sejamos iluminados pela Sabedoria Divina


Sejamos iluminados pela Sabedoria Divina

Reflitamos sobre a Sabedoria, e a supliquemos a Deus para que ela nos acompanhe todos os dias, a partir desta passagem do Livro da Sabedoria:

“A Sabedoria é um reflexo da luz eterna, espelho sem mancha da atividade de Deus e imagem da Sua bondade. Sendo única, tudo pode: permanecendo imutável, renova tudo; e comunicando-se às almas santas de geração em geração, forma os amigos de Deus e os Profetas” (Sb 7, 26-27)

Abrir-se à Sabedoria, como reflexo da luz eterna, para que Ela nos acompanhe em todos os momentos, iluminando, sobretudo as situações mais obscuras, e aparentemente irreversíveis e instransponíveis, que não o serão para Deus.

Abrir-se à Sabedoria para que ela ilumine os recônditos mais sombrios de nosso ser, onde o pecado possa lançar suas raízes, com seus frutos indesejáveis que ofuscam nossa imagem impressa pelas mãos Divinas, quando fomos pensados, plasmados para um desígnio único de vida e santidade.

Viver cada dia de tal modo que nossos pensamentos, sentimentos,  ações e posturas sejam também como um espelho a refletir a presença e ação de Deus, que habita no mais profundo de nosso coração, onde quis fazer-Se Hóspede, quis fazer de nós Sua desejável morada.

Em atitude vigilante e orante, desejar e buscar a Sabedoria única que nos vem do alto, divinamente imutável porque perfeitíssima, pleníssima, para, paradoxalmente, nos transformar e nos renovar para que pelos maiores Preceitos Divinos nossa vida possamos pautar: a Deus e ao próximo amar.

Ó Divina Sabedoria, única, eterna, imutável, sois de nossas almas sedentas mais do que desejável. Vinde ao nosso encontro para que de fato amigos de Deus o sejamos, sem sedução diante da loucura do mundo, encorajados para a graça e dom de sermos Profetas.

Ó Divina Sabedoria acompanhai-nos nas renúncias necessárias para a cruz quotidiana assumir e carregar, com fidelidade comprovada, cruz que é loucura para alguns, escândalo para outros, mas para quem crer a verdadeira Sabedoria, que nos preenche da Vossa ciência e claridade.

Ó Divina Sabedoria que nos torna mais amigos de Deus, em relação sincera e íntima, que se expressa em gestos mais humanos, solidários e fraternos, pois tão somente envolvidos por Vosso Amor seremos mais humanos e fraternos e construiremos o Paraíso. Amém!


PS: Passagem bíblica - Sabedoria (Sb 7,22-8,1)

Em poucas palavras...

 


A adoração de Deus três vezes santo

“A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante do seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos criou  e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. 

É a prostração do espírito perante o «Rei da glória» (Sl 24,9-10) e o silêncio respeitoso face ao Deus «sempre maior» (Santo Agostinho). A adoração do Deus três vezes santo e soberanamente amável enche-nos de humildade e dá segurança às nossas súplicas.

 

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 2628

Em poucas palavras...

 


Homem e Mulher: Reflexos da Sabedoria Divina

“O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador (Gn2,7.11). O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.” (1)


 

(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 369

Aparentes perdas, verdadeiros ganhos!

                                                        

Aparentes perdas, verdadeiros ganhos!

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Lucas, que nos apresenta mais uma parábola: (Lc 16,1-13), em que Jesus parte de  um fato:.

O administrador foi desonesto sim, anteriormente, mas soube ser hábil abrindo mão de sua cota, de seu lucro, como era praxe do administrador, assegurando seu futuro, estabelecendo um rico interesse fundado na futura gratidão de seus devedores.

É esta habilidade que, às vezes, não temos na vida e na pastoral. Há pessoas que não abrem mão de absolutamente nada, logo não crescem e não são felizes.

Muitas vezes abrir mão de algo não significará empobrecimento, ainda que aparentemente fiquemos diminuídos.

O que aparentemente parece ser uma perda poderá ser ganho, frutos abundantes e eternos como o próprio Senhor nos fala na parábola da videira (cf. Jo 15), mencionando as podas necessárias.

Podas! Como são doloridas em nossas vidas.

Arestas aparadas, como suportá-las e assimilá-las?

Como assumi-las com ternura, confiança e esperança de que algo bom há de vir?

Evidentemente, há outras perdas por intervenções de outrem, não me refiro a estas.

Por falar em perdas e crescimento, isto nos faz pensar em pessoas que se apoderam do que não lhe é próprio e tornam-se déspotas na administração do que lhe foi confiado.

Numa palavra: Deus nos cumula de tantos bens, mas perdemos tudo por falta de habilidade, abertura, sabedoria...

No trabalho pastoral somos meros administradores do rebanho, pelo Senhor, a nós confiados. Não somos donos do rebanho, e Ele nos pede que, a Seu exemplo, cuidemos dele com o coração de um pastor que dá a vida por seu rebanho, conhece suas ovelhas, se extenua por elas a fim de que pastem em verdes pastagens e bebam em águas cristalinas.

Na medida em que somos capazes de renúncias, de cuidar bem do que Deus nos deu, colocando a serviço do outro, estaremos vivenciando o Mandamento maior que o Sublime Mestre nos deu: amor a Deus acima de tudo e amor ao próximo como Ele nos amou.

De fato, esta Parábola nos permite esta e outras reflexões. Este é o sentido da Parábola: ler sem nos deixar levar pela cegueira do fundamentalismo, e assim nosso coração tornar-se-á mais semelhante ao coração de Jesus, seremos novas criaturas, e consequentemente colaboraremos para que o mundo seja bem melhor.

Supliquemos ao Senhor a sabedoria para agirmos com habilidade no cuidado dos dons que nos confiou, fazendo-os multiplicar, com toda ousadia e coragem. a fim de que não sejamos movidos por interesses empobrecedores e mesquinhos, na fidelidade Àquele que veio para que tenhamos Vida, vivendo na Verdade, eis o Caminho (cf. Jo 14,6)! 

O Presbítero e os meios de comunicação social

                                                     

O Presbítero e os meios de comunicação social

Sobre a missão dos Presbíteros nos meios de comunicação social, sobretudo neste tempo que estamos vivendo, em que se multiplica a sua atuação nos mesmos, oportuno retomar a Mensagem para o 44º dia Mundial das Comunicações Sociais, do Papa Bento XVI, no ano de 2010, dada a pertinência e atualidade do Tema: “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra”.

Acena para a crescente importância dos modernos meios de comunicação que fazem parte, desde há muito tempo, como instrumentos na ação evangelizadora.

A missão sacerdotal tem como tarefa primária anunciar Cristo, Palavra de Deus encarnada, e comunicar a multiforme graça divina portadora de Salvação mediante os Sacramentos, citando a passagem da Carta de Paulo aos Romanos (Rm 10,11.13-15), sobre esta “altíssima dignidade e beleza da missão sacerdotal – “Todo aquele que acreditar no Senhor não será confundido”. […] Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como hão-de invocar Aquele em quem não acreditam? E como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue? E como hão-de pregar, se não forem enviados?”

Novamente citando o Apóstolo – “Ai de mim se não anunciar o Evangelho!” (1 Cor 9,16), vê no mundo digital a abertura de perspectivas e concretizações notáveis para a evangelização aconteça, de modo que o sacerdote se ocupará pastoralmente disto, colocando todos os media ao serviço da Palavra.

No entanto, é pedido aos presbíteros a capacidade de “...estarem presentes no mundo digital em constante fidelidade à mensagem evangélica, para desempenharem o próprio papel de animadores de comunidades, que hoje se exprimem cada vez mais frequentemente através das muitas ‘vozes’ que surgem do mundo digital, e anunciar o Evangelho recorrendo não só aos ‘media’ tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais (fotografia, vídeo, animações, blogues, páginas internet) que representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis inclusive para a evangelização e a catequese”.

O sacerdote na pastoral digital, como consagrado deve fazer transparecer seu coração de consagrado e revelando a todos e à humanidade desorientada de hoje, que “Deus está próximo, que, em Cristo, somos todos parte uns dos outros” (Bento XVI, Discurso à Cúria Romana na apresentação dos votos de Natal: «L’Osservatore Romano» (21-22 de Dezembro de 2009) pág. 6].

A missão do consagrado nos meios de comunicação, no complexo “ciberespaço”, é “aplanar a estrada para novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contacto humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais; oferecendo, às pessoas que vivem nesta nossa era «digital», os sinais necessários para reconhecerem o Senhor; dando-lhes a oportunidade de se educarem para a expectativa e a esperança, abeirando-se da Palavra de Deus que salva e favorece o desenvolvimento humano integral”.

Reafirma a necessidade, como Igreja, colaborar na promoção de uma cultura que respeite a dignidade e o valor da pessoa humana, no exercício da “diaconia da cultura” no atual “continente digital”.

Um desafio para a pastoral no mundo digital: a ter em conta também aqueles que não acreditam, caíram no desânimo e cultivam no coração desejos de absoluto e de verdades não caducas, dado que os novos meios permitem entrar em contato com crentes de todas as religiões, com não crentes e pessoas de todas as culturas.

Citando o Profeta Isaías (Is 56,7), indaga se não é ocaso da necessidade de prever que a internet possa dar espaço – como o “pátio dos gentios” do Templo de Jerusalém – também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido.

Neste sentido os novos media oferecem aos presbíteros:
- perspectivas sempre novas e, pastoralmente, ilimitadas, que os solicitam a valorizar a dimensão universal da Igreja para uma comunhão ampla e concreta;
- possibilidade ser no mundo de hoje testemunhas da vida sempre nova, gerada pela escuta do Evangelho de Jesus, o Filho eterno que veio ao nosso meio para nos salvar.

No entanto, não se pode esquecer a fecundidade do ministério sacerdotal deriva primariamente de Cristo encontrado e escutado na oração, anunciado com a pregação e o testemunho da vida, conhecido, amado e celebrado nos sacramentos, sobretudo da Santíssima Eucaristia e da Reconciliação.

Conclui renovando o convite para que os Sacerdotes aproveitem com sabedoria as singulares oportunidades oferecidas pela comunicação moderna, tornando-se apaixonados anunciadores da Boa Nova na “ágora” moderna criada pelos meios atuais de comunicação.

Se desejar, acesse e leia na integra:

Evangelizar: Missão de todos nós

                                                             


Evangelizar: Missão de todos nós  

Aconteceu, de 11 a 14 de novembro de 2019, a Assembleia do Regional Leste 2 (Arqui-Dioceses de Minas Gerais e Espírito Santo), à luz das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – 2019-2023, aprovada durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP).

Como Regional (Bispos, padres, Coordenadores diocesanos de Pastoral, Representantes de Presbíteros das Dioceses, cristãos leigos e leigas de diversas Pastorais), refletimos as Diretrizes e, ao final dos trabalhos, chegamos a oito indicações para a realização dos quatro pilares que elas nos apresentam na ação evangelizadora: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária.

1º - Pilar da Palavra
1. Promover a animação bíblica da ação pastoral, através da leitura orante da Sagrada Escritura nos grupos eclesiais e na Celebração da Palavra;

2. Oferecer formação centralizada na Palavra de Deus, que proporcione um caminho de iniciação à vida cristã, num processo contínuo, partindo do anúncio (querigma), culminando com o testemunho e o compromisso missionário.

2º - Pilar do Pão
1. Fortalecer e incentivar a Pastoral Litúrgica por meio de uma formação mistagógica, valorizando as expressões genuínas da Piedade Popular e a realidade do Povo de Deus, respondendo aos desafios da cultura urbana;

2. Elaborar subsídios, em vista da formação litúrgica por meio de cartilhas e mídias para TV, redes sociais e canais de internet, contemplando a relação entre liturgia e evangelização, enfatizando o canto litúrgico e a arte sacra.

3º - Pilar da Caridade
1. Motivar os cristãos leigos e leigas, através da articulação dos Conselhos, ao engajamento social na luta pelos direitos humanos, na defesa da ecologia integral, na promoção da cultura da paz, e na proposição e acompanhamento das políticas públicas;

2. Favorecer o encontro pessoal com Jesus Cristo levando as comunidades eclesiais missionárias, enquanto Igreja Samaritana, ao compromisso com a cultura da vida, da caridade e da paz, através de ações sócio-transformadoras.

4º - Pilar da Missão
1. Investir nos diversos Conselhos Missionários e na missão ad gentes, para dinamizar as Comunidades Eclesiais Missionárias e garantir sua identidade;

2. Despertar a consciência missionária das comunidades, a fim de que valorizem, como espaços de missão, as periferias geográficas e existenciais, com especial atenção aos hospitais, escolas, presídios/outros lugares de detenção e universidades, priorizando a pessoa e seu acompanhamento espiritual e social.

Roguemos a Deus para que Espírito do Senhor nos conduza, e façamos progressos maiores ainda na ação evangelizadora da Igreja do Brasil, em nosso Regional, tendo sempre presente as novas Diretrizes e seu Objetivo Geral a conduzir todo o nosso caminhar evangelizador:

EVANGELIZAR no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude”.

A necessária conversão cotidiana

 


A necessária conversão cotidiana

Discípulos missionários do Senhor que somos, peregrinamos na penumbra da fé, em permanente vigilância na espera de Vossa gloriosa Vinda.

Abri nossa mente e coração ao apelo da conversão, pois nem sempre podemos estar no caminho certo, afastando-nos de Vosso Plano e Projeto de amor, consequentemente da realização e felicidade.

Libertai-nos da falsa segurança e comodismo, e curai nossa cegueira que não nos permite ver a necessária conversão.

Ensinai-nos que a conversão é mover-se, dar o primeiro passo; ver claro, portanto, o ponto de chegada, que se encontra sempre além do ponto em que nos encontramos.

Ajudai-nos na constante revisão de nossa vida, porque é frequente em nós estudar belos planos de conversão para os outros, publicar documentos e permanecer bem estabelecidos no próprio lugar.

Fortalecei nosso empenho como Igreja Sinodal que somos, para caminharmos juntos, fazendo progressos contínuos na prática da caridade, e jamais vivermos um servilismo frio e legalista, pois seria a traição da própria caridade. Amém.

 

 

Fonte: Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.1504 – passagem do Livro do Apocalipse (Ap 3,1-6.14-22)

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG