Quinta
motivação:
A
presença de Maria, a Mãe da Evangelização. Com o Espírito Santo, Maria está
sempre presente no meio do povo (At 1,140). Maria é Mãe da Igreja
evangelizadora, e, sem Ela, não podemos compreender cabalmente o espírito da
nova evangelização:
“Ao pé da Cruz,
na hora suprema da nova criação, Cristo conduz-nos a Maria; conduz-nos a Ela,
porque não quer que caminhemos sem uma mãe; e, nesta imagem materna, o povo lê
todos os mistérios do Evangelho. Não é do agrado do Senhor que falte à Sua
Igreja o ícone feminino” (n.285).
O Papa cita o Beato Isaac da Estrela, que nos
expressou a maravilhosa ligação íntima entre Maria, a Igreja e cada fiel:
“Nas Escrituras divinamente inspiradas, o que se atribui em geral à
Igreja, Virgem e Mãe, aplica-se em especial à Virgem Maria (...).
Além disso, cada alma fiel é igualmente, a seu modo, esposa do Verbo de
Deus, mãe de Cristo, filha e irmã, virgem e mãe fecunda.
(...) No tabernáculo do ventre de Maria, Cristo habitou durante nove
meses; no tabernáculo da fé da Igreja, permanecerá até ao fim do mundo; no
conhecimento e amor da alma fiel habitará pelos séculos dos séculos” (n.285).
Assim
o Papa nos apresenta Maria:
“Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de
Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. Ela é a serva humilde
do Pai, que transborda de alegria no louvor.
É a amiga sempre solícita para que não falte o vinho na nossa vida. É
aquela que tem o coração trespassado pela espada, que compreende todas as
penas.
Como Mãe de todos, é sinal de esperança para os povos que sofrem as
dores do parto até que germine a justiça. Ela é a missionária que Se aproxima
de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o
seu afeto materno.
Como uma verdadeira mãe, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos
incessantemente do amor de Deus” (n.286).
Fala-nos de sua forte expressão na religiosidade
popular:
“Através dos diferentes títulos marianos, geralmente ligados aos
santuários, compartilha as vicissitudes de cada povo que recebeu o Evangelho e
entra a formar parte da sua identidade histórica.
Muitos pais cristãos pedem o Batismo para seus filhos num santuário
mariano, manifestando assim a fé na ação materna de Maria que gera novos filhos
para Deus.
É lá, nos santuários, que se pode observar como Maria reúne ao seu
redor os filhos que, com grandes sacrifícios, vêm peregrinos para A ver e
deixar-se olhar por Ela.
Lá encontram a força de Deus para suportar os sofrimentos e as fadigas
da vida. Como a São João Diego, Maria oferece-lhes a carícia da sua consolação
materna e diz-lhes: «Não se perturbe o teu coração. (...) Não estou aqui eu,
que sou tua Mãe” (n. 286).
Maria é a Mãe do Evangelho vivente, e podemos contar com sua
intercessão na ação evangelizadora. (n.287).
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