Terceira
motivação:
A
ação misteriosa do Ressuscitado e do Seu Espírito. O discípulo não pode cair no
pessimismo, no fatalismo e na desconfiança, mas, como discípulo do Ressuscitado,
ser portador de esperança:
“Cristo Ressuscitado e glorioso é a fonte
profunda da nossa esperança, e não nos faltará a sua ajuda para cumprir a
missão que nos confia” (n. 275).
É
preciso que o discípulo tome cuidado, nos alerta o Papa:
“Pode acontecer
que o coração se canse de lutar, porque, em última análise, se busca a si mesmo
num carreirismo sedento de reconhecimentos, aplausos, prêmios, promoções; então
a pessoa não baixa os braços, mas já não tem garra, carece de ressurreição.
Assim, o Evangelho, que é a mensagem mais bela que há neste mundo, fica
sepultado sob muitas desculpas” (n. 277).
Noutra
passagem também nos adverte:
“Às vezes
invade-nos a sensação de não termos obtido resultado algum com os nossos
esforços, mas a missão não é um negócio nem um projeto empresarial, nem mesmo
uma organização humanitária, não é um espetáculo para que se possa contar
quantas pessoas assistiram devido à nossa propaganda. É algo de muito mais
profundo, que escapa a toda e qualquer medida” (n. 279).
É
preciso que nos empenhemos totalmente, mas deixar que seja o Espírito Santo a
nos tornar fecundos, como melhor Lhe parecer, os nossos esforços “n. 279): é
para manter o ardor missionário é preciso uma decidida confiança no Espírito
Santo (n. 280):
“Mas
não há maior liberdade do que a de se deixar conduzir pelo Espírito,
renunciando a calcular e controlar tudo e permitindo que Ele nos ilumine, guie,
dirija e impulsione para onde Ele quiser. O Espírito Santo bem sabe o que faz
falta em cada época e em cada momento. A isto se chama de ser misteriosamente
fecundos” (n. 280).
Quarta
motivação:
A
força missionária da intercessão. A Oração de intercessão não nos afasta da
verdadeira contemplação, porque esta não pode deixar de fora os outros, no que
consistiria numa falsa contemplação (n.281):
“Quando
um evangelizador sai da Oração, o seu coração tornou-se mais generoso,
libertou-se da consciência isolada e está ansioso por fazer o bem e partilhar a
vida com os outros” (n.282), e por isto,
afirma o Papa, os grandes homens e mulheres de Deus foram grandes
intercessores: “A intercessão é como ‘fermento’ no seio da Santíssima Trindade”
(n.283).
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