Primeira
motivação:
Ao
amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que
nos impele a amá-Lo cada vez mais. (n. 264):
- “Como é doce
permanecer diante de um crucifixo ou de joelhos diante do Santíssimo
Sacramento, e fazê-lo simplesmente para estar à frente dos seus olhos...” (n.264).
- “A melhor
motivação para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, é
deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração...” (n.264).
“É necessário
recuperar um espírito contemplativo para que se redescubra que somos
depositários de um bem que humaniza, que ajuda a levar uma vida nova” (n.264).
“Às vezes
perdemos o entusiasmo pela missão, porque esquecemos que o Evangelho dá
resposta às necessidades mais profundas das pessoas, porque todos fomos criados
para aquilo que o Evangelho nos propõe: a amizade com Jesus e o amor fraterno” (n.264).
Evangelizar
é comunicar uma verdade que não passa de moda, porque é capaz de penetrar onde
nada mais pode chegar – “A nossa tristeza
infinita só se cura com um amor infinito” (265):
“O
verdadeiro missionário, que não deixa jamais de ser discípulo, sabe que Jesus
caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus
vivo com ele, no meio da tarefa missionária. Se uma pessoa não O descobre
presente no coração mesmo da entrega missionária, depressa perde o entusiasmo e
deixa de estar seguro do que transmite, faltam-lhe força e paixão. E uma pessoa
que não está convencida, entusiasmada, segura, enamorada, não convence ninguém”
(n. 266).
Segunda
motivação:
O
prazer espiritual de ser povo – “Vós que
outrora éreis um povo, agora sois Povo de Deus” (1 Pd 2,10).
A
missão é uma paixão por Jesus e simultaneamente uma paixão pelo Seu povo: Ele
nos toma do meio do povo e nos envia ao povo, de tal modo que a nossa
identidade não se compreende sem esta pertença (n.268).
Jesus
estava sempre no meio do povo, de modo que Sua entrega na Cruz é apenas o
culminar deste estilo que marcou toda a Sua vida:
“Fascinados por
este modelo, queremos inserir-nos a fundo na sociedade, partilhamos a vida com
todos, ouvimos as suas preocupações, colaboramos material e espiritualmente nas
suas necessidades, alegramo-nos com os que estão alegres, choramos com os que
choram e comprometemo-nos na construção de um mundo novo, lado a lado com os
outros...” (n.269).
Uma
tentação que precisamos tomar cuidado: a tentação de ser cristãos mantendo uma
prudente distância das chagas do Senhor – “Mas
Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos
outros...” (n. 270).
É
preciso dar razão de nossa esperança: “Jesus
não nos quer como príncipes que olham desdenhosamente, mas como homens e
mulheres do povo... Assim, experimentaremos a alegria missionária de partilhar
a vida com o povo fiel de Deus, procurando acender o fogo no coração do mundo” (n.
271).
O
discípulo missionário, quando plenamente devotado em seu trabalho evangelizador,
experimenta o prazer de ser um manancial que transborda e refresca os outros
(n.272).
Somos
advertidos, como discípulos: “Não se vive
melhor fugindo dos outros, escondendo-se, negando-se a partilhar, resistindo a
dar, fechando-se na comodidade. Isto não é senão um lento suicídio” (n. 272).
Portanto, a missão no
coração do povo não é uma parte da vida, ou ornamento que se pode por de lado,
tão pouco um apêndice ou um momento isolado da vida de uma pessoa. (n. 273).
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