“Pai-Nosso...”
Na Oração que o Senhor nos ensinou, em atenção ao pedido dos discípulos, invocamos a Deus como “Pai-Nosso”.
Sejamos enriquecidos por este comentário:
“É belo recordar que a oração do Senhor Jesus nos é dada pela Igreja como um dom no dia do Batismo, porque, a partir desse momento, quem se tornou cristão, não ‘deve’, mas ‘pode’ dirigir-se a Deus chamando-lhe ‘Pai’.
A vida inteira não bastará para compreendermos o Mistério da ternura escondido nesta palavra. Para o descobrirmos de verdade teremos de esperar pelo abraço definitivo com Deus que nos espera além da morte”. (1)
Como é bom podermos nos dirigir a Deus como “Pai-Nosso”, “Abba”, “Papaizinho”, como o próprio Jesus nos ensinou, em plena confiança, intimidade de relacionamento.
No entanto, isto implica que:
- Vivamos como irmãos e irmãs, estabelecendo vínculos de comunhão e fraternidade;
- Saibamos criar relacionamentos de partilha e solidariedade entre nós, porque sendo “Pai Nosso”, somos todos irmãos e irmãs;
- Estabeleçamos com Deus uma relação de confiança e intimidade plena, assim como nos ensinou e viveu Nosso Senhor;
- Sendo “Pai nosso”, devem ser superadas todas as formas de violência, exclusão ou quaisquer outras práticas que violem a sacralidade da vida de nosso próximo, pois somos irmãos e irmãs uns dos outros;
- Como “Pai nosso”, nos confiou a todos, sem exclusão, a Casa Comum, nosso Planeta, para que dele cuidemos, para que todos possam nele bem viver e habitar, de modo que ninguém fique excluído deste direito sagrado e inalienável de moradia;
- Um dia O veremos, tal qual Ele é, que nos espera sempre para o abraço definitivo, que só poderá acontecer com a passagem, a morte, e assim, nos envolver para sempre com Seu amor e ternura.
Por ora, rezemos, com amor e confiança, a Oração que o Senhor nos ensinou:
“Pai nosso que estais nos céus...”
(1) Lecionário Comentado – vol. Quaresma/Páscoa – Editora Paulus – Lisboa - 2011 – p.75
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