A Política
como sublime vocação
É fundamental, sobretudo no momento que estamos
vivendo, com a proximidade das eleições gerais (para Presidente, Senador,
Deputado Federal e Estadual, Governador), valorizarmos os espaços de reflexão
para o discernimento de nossas escolhas (voto), e valioso conteúdo, encontramos
na cartilha que está sendo divulgada em nossa Diocese.
Sempre oportunas as palavras do Papa
Francisco: “Peço a Deus que cresça o
número de políticos capazes de entrar num autêntico diálogo que vise efetivamente
sanar as raízes profundas e não a aparência dos males do nosso mundo. A
política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas
da caridade, porque busca o bem comum.... Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos, que tenham
verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres” (cf.
Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” n. 205).
É preciso que a política seja de fato
uma “sublime vocação”; “uma das formas mais preciosas da caridade,
porque busca o bem comum”, sobretudo quando a realidade nos apresenta uma
face maculada pela corrupção em todos os âmbitos, de modo especial na política,
pelo descaso com o bem público, absurda indiferença na promoção do bem comum,
com a objetivação de interesses pessoais mesquinhos, que fazem multiplicar a
dor e o sofrimento de milhões de empobrecidos, privados do pão, da moradia, da
educação, da saúde, lazer e muito mais que lhes seria pleno direito como
cidadãos.
Urge que sejamos criteriosos em nossas
escolhas, não vendendo nosso voto, nem trocando por favores, de modo que nossas
escolhas sejam expressão consciente, pois, ainda que não pareça, nosso voto tem
um “preço” altíssimo, que incide decididamente em toda a nossa vida, positiva
ou negativamente.
Abertos à ação do Espírito, que nos
fortalece na vocação profética, dom divino e resposta humana, empenhemo-nos na
construção de uma nova realidade de vida plena e feliz para toda a humanidade,
tendo a política, precioso e indispensável instrumento.
Ontem e hoje, o mundo precisa de
Profetas, pessoas que não cedam à idolatria e injustiças, e se coloquem como
vozes de Deus na defesa dos pequenos, dos pobres, dos excluídos, porque gozam
de especial amor e predileção por Deus, como nos revela a Sagrada Escritura.
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