domingo, 11 de agosto de 2024

Não estamos à deriva... (XIXDTCA)

Não estamos à deriva...

Sejamos fortalecidos na missão evangelizadora à luz da  passagem do Evangelho de Mateus (Mt 14,22-33).

De modo especial, elevemos orações por todos os pais, que conduzem a pequenina barca da família, numa árdua travessia até a outra margem, enfrentando com coragem os ventos contrários à família.

“O rumor dos meios de comunicação, o barulho que acompanha a ostentação da riqueza, do poder, da beleza do corpo impressionam por vezes muito mais do que a ‘brisa suave’ (1 Rs 19,12) dos fracos e dos humildes”

A Vós, Senhor, suplicamos:
Não permitais que sejamos seduzidos por estes rumores, que não podem nos oferecer a verdadeira serenidade, plenitude de vida e paz; que nossos ouvidos sejam atentos à suave brisa de Deus, que nos vem em cada instante, na presença de pessoas simples e humildes, que nos revelam Vossa amável e desejável presença.

Que sejamos surdos aos rumores sedutores do mundo, em atenta escuta aos clamores que sobem até Vós, no mais alto dos céus, e tão próximo de cada um de nós.

“Existe o risco de procurar Deus pelo caminho da emoção e do maravilhoso, do poder e do sucesso. A imagem da comunidade eclesial sacudida pelas ondas de uma grande tempestade (cf Mt 14,22-23) nos é  familiar”.

A Vós, Senhor, suplicamos:
Não permitais que caiamos na tentação de Vos buscar nas coisas tão apenas que nos causem emoção ou encantamento passageiro, maravilha fugaz; e também não permitais que caiamos na tentação do ser, ter e poder, que Vós vencestes no deserto, e nos ensinastes a também o Maligno, convosco, vencer.

 “O barco de Pedro avança com dificuldade entre correntes contrárias. Alguns pretendem uma homologação acrítica da Igreja aos pensamentos do mundo: seguir as ondas. Mas o mar, é bom não esquecê-lo, representa o mal e a morte”.

A Vós, Senhor, suplicamos:
Que as ondas assustadoras que tentam naufragar a Vossa Igreja e tantas pequeninas Igrejas domésticas, sejam acalmadas pela Vossa presença e pelo poder de Vossa Palavra.

Confiantes em Vossa presença e Palavra, atravessemos os mares agitados pela cobiça, ambição, egoísmo, individualismo, fechamentos, falta do diálogo, ou quaisquer outras manifestações do mal que conduzem à morte da alegria, da comunhão, felicidade e paz.

“Permanecer do lado de Deus significa opor-se ao mundo. Outros, ainda, propõem uma rota de colisão constante, de contraposição frontal. Mas deste modo o barco não avança e não poderá certamente chegar ao porto”.

A Vós, Senhor, suplicamos:
Dai-nos sabedoria, fortaleza, e concedei-nos a graça de sentir Vossa suave presença, que nos cumula da mais plena confiança, em nossa pequenina barca.

Fortalecei nossa fé e esperança, para que vivendo o Mandamento de Vosso Amor, alcancemos o outro lado do porto, a plenitude de alegria e vida, a glória da eternidade.

“Não se trata, portanto, de assumir um comportamento de compromisso com o pensar do mundo, mas de procurar, com caridade e paixão, o diálogo, partilhando a preocupação que Paulo sentiu pela salvação de seu povo (cf Rm 9,2-3)”.

A Vós, Senhor, suplicamos:
Renovai nosso ardor e fidelidade a Vós, que, por Amor incondicional, nos amastes até o fim, morrendo na morte de Cruz, para nos redimir e nos alcançar a Salvação, fazendo-nos Vossas corajosas testemunhas até os confins do mundo, até os fins dos tempos. Amém!



PS: Citações extraídas do Lecionário Comentado p. 86.

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