domingo, 21 de julho de 2024

Acolher, escutar e servir com amor! (XVIDTCC)

                                                               

Acolher, escutar e servir com amor!

Com a Liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum (Ano C), refletimos sobre a hospitalidade, acolhimento e a escuta do Senhor que sempre tem algo a nos dizer.

A passagem da primeira Leitura (Gn 18,1-10a) nos apresenta a figura de Abraão como modelo daquele que confia em Deus.

A mensagem catequética é clara: Abraão é modelo de vida e de fé. Atento, percebe a presença de Deus, acolhe, dialoga, partilha e é por Deus recompensado.

A bondade e a gratuidade diante de Deus não ficam sem a recompensa, como vemos na história de Abraão. Deus vem sempre ao nosso encontro, num convite ao diálogo que crie laços de comunhão. 
    
Abraão nos ensina a nos colocarmos diante de Deus com total respeito, submissão e confiança, e sua atitude nos convida à reflexão sobre a nossa relação com Deus.                                                                         
Na passagem da segunda Leitura (Cl 1,24-26), o Apóstolo Paulo mais uma vez insiste: para quem crê no Senhor,  para uma vivência cristã autêntica, importa acolher Sua Pessoa, Sua Palavra e viver Seus valores.

Paulo está preso, mas sente-se como alguém verdadeiramente livre por causa de Jesus, e sabe que seus sofrimentos não foram em vão.

Completou em sua carne o que falta à Paixão de Cristo, em favor de Seu Corpo que é a Igreja, como ele mesmo afirma.

Paulo pôs cada batida de seu coração a serviço do Evangelho e da libertação de todos, num empenho incontestável, fazendo de Cristo o centro de sua existência, sua experiência de fé.

Exorta-nos à comunhão perfeita com Cristo, com coragem para suportar o sofrimento e a perseguição, se preciso for, para alcançarmos a Salvação, a vida em plenitude.

À luz da passagem do Evangelho (Lc 10,38-42), o verdadeiro encontro com Jesus, acompanhado da escuta de Sua Palavra, dará o real sentido e vigor para nossa ação e missão.  

A “escuta” de Sua Palavra torna-se o ponto de partida e nos projeta para novos compromissos, coloca-nos em perfeita sintonia com a vontade de Deus.

Esta passagem que Jesus visita à casa de Marta e Maria não tem propósito para acentuar a oposição que se faz entre ação e contemplação, antes se trata de uma advertência para que não caiamos num ativismo desenfreado que nos esgote levando ao vazio, e nem tão pouco caiamos num espiritualismo sem compromissos concretos de solidariedade para com o próximo.

É preciso dar tempo à Oração, ao silêncio e à escuta do que Deus tem a nos dizer: é preciso ter ouvidos e coração de Maria, e mãos de Marta, para que assim façamos melhor a vontade de Deus.

Aprendamos e reaprendamos a sentar aos pés do Senhor, pois somente Ele tem Palavra de Vida Eterna.

Escutemos o Senhor que nos reenvia diferenciados para a vida quotidiana, para o muito fazer.

Somente enraizados, vivificados n’Ele é que frutos de vida eterna produziremos (Jo 15). Somente com a linfa vital do Seu Amor é que tornaremos a vida mais bela e fraterna.

Reflitamos:

- Abraão, Maria, Marta, Paulo... O que eles nos ensinam para que tenhamos maior fidelidade ao Senhor, no testemunho de uma fé autêntica?
- Qual a acolhida que Deus encontra em nosso coração?

- Qual o tempo que dedicamos à escuta de Sua Palavra?
- Quanto que sou capaz de sofrer por amor à Igreja, completando em minha carne o que falta à Paixão de Cristo por amor a Sua Igreja?

Paremos e nos assentemos aos pés do Senhor para O acolhermos, e consequentemente a Sua Palavra, que nos renova e revigora, prolongando-a no quotidiano, pois tão somente assim celebraremos e viveremos uma autêntica Eucaristia.

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