domingo, 18 de agosto de 2024

O Dogma da Assunção de Maria ao céu (parte II)

                                                        

O Dogma da Assunção de Maria ao céu

Na “Festa em louvor a Nossa Senhora da Assunção”, vejamos o que nos fala o Abade São Bernardo, nesta memorável Homilia.

“A Deus competia nascer de uma virgem unicamente; e era claro que do parto da Virgem somente viesse Deus à luz.

Por esse motivo, o Criador dos homens, para Se fazer homem nascido de ser humano, devia dentre todas escolher, ou melhor, criar para Si a mãe tal, como sabia convir a Si e Ser-lhe agradável em tudo.
Quis então que fosse uma virgem. Da imaculada nascendo o imaculado, Aquele que purificaria as máculas de todos.

Ele a quis também humilde, donde proviesse o manso e humilde de coração, que iria mostrar a todos o necessário e salubérrimo exemplo destas virtudes.

Concedeu, pois, à Virgem a fecundidade, a ela a quem já antes inspirara o voto da virgindade e lhe antecipara o mérito da humildade.

A não ser assim, como poderia o Anjo dizê-la cheia de graça, se algo, por mínimo que fosse, faltasse à graça?

Assim, aquela que iria conceber e dar à luz o Santo dos Santos, recebeu o dom da virgindade para que fosse santa no corpo, e, para ser santa no espírito, recebeu o dom da humildade.

Esta Virgem régia, ornada com as joias das virtudes, refulgente pela dupla majestade da alma e do corpo, por sua beleza e formosura conhecida nos céus, atraiu sobre si o olhar dos Anjos.

Até atraiu sobre si a atenção do Rei, que a desejou e arrebatou das alturas até si o mensageiro celeste.

O Anjo foi enviado à Virgem (Lc 1,26-27). Virgem na alma, virgem na carne, virgem pelo propósito, virgem enfim tal como a descreve o Apóstolo, santa de espírito e de corpo.

Não pouco antes, nem por acaso encontrada, mas eleita desde o princípio dos séculos, conhecida pelo Altíssimo e preparada para Ele, guardada pelos Anjos, prefigurada pelos patriarcas, prometida pelos Profetas”.

Maria é modelo de virtudes para os discípulos missionários do Senhor. E nisso consiste a verdadeira devoção à Maria, e a todos os santos: aprender e imitar suas virtudes, para não incorrer em estéril devocionismo.

Ave Maria, cheia de Graça... 

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