Evangelizar a cidade, eis nossa missão
Nossas
cidades têm seus desafios comuns, porém, ainda que tão grandes o sejam, não
serão maiores que a imensurável graça divina que nos acompanha na missão de
evangelizar.
Assistidos
pelo Espírito Santo, que anima, conduz e assiste a Sua Igreja, reflitamos sobre
alguns desafios que se fazem sempre presentes na missão evangelizadora, no
anunciar a Boa-Nova do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, como Ele mesmo
nos enviou a anunciar por todo o mundo.
Acolher os irmãos e irmãs, como comunidade do Amor,
na alegre fraternidade e ternura, sobretudo o acolhimento dos mais vulneráveis,
fragilizados, empobrecidos, daqueles cuja dignidade e vida suplicam por
solidariedade.
Converter
– conversão em todos os níveis e de
todos os envolvidos na Evangelização: cristãos leigos (as), consagrados (as),
ordenados. Conversão das estruturas para que se intensifique a comunhão e a
participação, respondendo aos apelos da acolhida, realidade de pastoral urbana
missionária e ecumênica.
Catequizar e Evangelizar – Fortalecer o
trabalho catequético, de modo que ela desperte o compromisso de todos na
evangelização, permeando a vida toda com o Evangelho, fazendo do mesmo
princípio ético de conduta e promoção do bem comum, construção de uma sociedade
justa e fraterna.
Comunicar
a Boa-Nova do Evangelho através dos
Meios de Comunicação já existentes, e ampliar a necessária penetração nos novos
areópagos da cidade: Internet, rádio, TV, jornais, escolas, universidades,
hospitais, shoppings; dar passos para o fortalecimento das diversas comissões
Missionárias em todos os âmbitos.
Revigorar
a Família diante dos incontáveis desafios
(fragmentação, desestruturação, falta de diálogo...), para que ela seja
sacrário vivo da vida, espaço primeiro e privilegiado da formação humana,
espiritual, psicológica, assimilação dos valores que devem nortear a vida de
toda pessoa e a pessoa toda para sempre...
Reavivar
a evangélica opção preferencial pelos pobres no
revigoramento e comprometimento sociopolítico, em busca de políticas públicas
que assegurem vida, parcerias viáveis, fortalecimento dos diversos conselhos
paritários...
Defender
a vida, desde a sua concepção até o seu
declínio natural, respondendo aos clamores que emergem na defesa da mesma,
ressaltando sua dignidade e sacralidade. Defender a vida também enquanto meio
ambiente, numa espiritualidade ecológica integral, como tanto tem insistido o
Papa Francisco.
Muitos
são os desafios, e clamam por corajosas respostas de todos nós: Bispos, padres
e agentes de pastoral, e de todos os batizados.
Que
o mesmo Espírito que pousou sobre Jesus na Sinagoga de Nazaré continue
repousando sobre nós para que tenhamos o Espírito do Senhor: Espírito de
sabedoria e discernimento, Espírito de conselho e fortaleza, Espírito de
ciência, temor e piedade (Is 11,1-3a).
Sendo
a fé viva quando são as obras que falam, deixemos as obras falarem no cuidado
do rebanho, por Deus, a nós confiado! (1Pd 5,1-4).
Urge
que todos nos empenhemos ao permanecer na cidade e anunciar a Boa Nova do
Evangelho, com alegria, como convictos evangelizadores com espírito, assistidos
pelo Espírito de Deus que vem em socorro de nossa fraqueza (Rm 8,26).
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