terça-feira, 2 de abril de 2024

DIRETRIZES 2019-2023 – DOCUMENTO 109 - Capítulo 1


CAPÍTULO I – O ANÚNCIO DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO

“Jesus percorria, então todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino” (Mc 9,35).

Mundo urbano presente na cidade e no campo.

1.1 - Fidelidade a Jesus Cristo, o Missionário do Pai.
Para mim, de fato, o viver é Cristo” (Fl 1,21).
“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá á vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Deus Caritas Est – Papa Bento XVI – 2007).

Um encontro que:
- provoca conversão de vida;
- leva ao discipulado;
- gera comunidade;
- leva a sair em missão.

Dois perigos a serem evitados, conforme lembrou o Papa Francisco na Gaudete et Exsultate: neo-gnosticismo e o neo-pelagianismo:

“Sua racionalidade e suas capacidades intelectuais (gnosticismo) e sua força de vontade e sua capacidade técnica, rejeitando a graça de Deus pela autossuficiência (pelagianismo)”. (DGAE n.15)

Evangelho: “Vinde” e o “Ide” – Jesus que chama é o mesmo que envia (Mc 3,13-15).

1.2 – Igreja: comunidade de discípulos missionários:
- dar testemunho de amor fraterno;
- superar o escândalo da divisão entre os seguidores de Jesus através do respeito;
- diálogo;
- conversão a Cristo;
- que todos sejam um.

1.3 – Missão: anúncio que se traduz em palavras e gestos
Missão não é propaganda, negócio ou um projeto empresarial (EG 279)
Evangelizar “por atração” – anúncio em palavras e gestos
Atos dos Apóstolos: At 2,44-47; 4,32;

O amor fraternidade vivido nas comunidades cristãs despertava nos pagãos uma profunda admiração: “Vede como se amam (...) estão prontos a morrer um pelos outros” (Tertuliano);

Pequenas comunidades: abertas, acolhedoras, misericordiosas e intensa vida evangélica.

A prática da misericórdia na fidelidade a Jesus: “o rosto da misericórdia”.

Amor misericordioso e compassivo: critério de credibilidade para a nossa fé.

1.4 – Cultura urbana: desafio à missão
Ambiguidade do cenário: luzes e sombras:
- emancipação do sujeito;
- a pluralidade;
- O avanço das novas tecnologias para melhor cuidado da vida;
- a globalização pelo secularismo e relativismo;
- a liquidez e indiferentismo.
A Igreja enfrenta um desafio na missão: a transmissão integral da fé no interior de uma cultura, em rápidas e profundas transformações, que experimenta forte crise ética com a relativização do sentido do pecado (DGAE n. 27)

Como evangelizar as cidades numa cultura urbana marcada pelo:
- imediatismo;
- diversificação;
- fragmentação.

“As cidades, embora algumas vezes consideradas assustadoras, devem ser vistas como um ambiente a ser contemplado (EG n.72), na busca dialogal por perceber Deus já presente no meio delas (EG n.71)”.

1.5 – Comunidades eclesiais missionárias no contexto urbano:
Casas da Palavra, do Pão, da Caridade e abertas à Ação Missionária, como lugar da proximidade e confiança, e favorece:
- partilha de experiências;
- ajuda mútua;
- inserção concreta nas diferentes situações;
Partilha da experiência de fé que não é cômoda e nem individualista.
Formar pequenas comunidades missionárias: prioridade da ação evangelizadora.

Os interlocutores da missão (Papa Francisco):
1º - os que frequentam regularmente a comunidade e que conservam a fé católica, mesmo sem participação assídua – desafio: corresponder cada vez mais com toda sua vida ao amor de Deus;

2º - os batizados, porém não vivem mais de acordo com a sua fé – desafio: são chamados à conversão e o compromisso com o Evangelho;

3º - os que não conhecem Jesus Cristo ou que o recusaram – desafio: direito de receber o Evangelho como partilha da alegre experiência do encontro com Jesus Cristo.

A missão exige a sinodalidade,  que significa o comprometimento e a participação de todo o Povo de Deus na vida e na missão da Igreja (DGAE n39).

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