segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Lágrimas do cotidiano

                                            


                               Lágrimas do cotidiano
 
 “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar”. (Ecl 3, 1-4)

Ontem, minhas lágrimas se confundiram com as gotas da chuva,
Quando pensava nas estatísticas dos que partiram cedo demais,
Porque quando amamos, assim repetimos, em súplica de dor.
 
Confundiram-se quando ouvi o que não nunca deveria ser dito,
Sobretudo de lábios dos quais só poderiam sair palavras edificantes
E que revigorasse a coragem, acenando para sinais de esperança.
 
Confundiram-se quando chorei a dor absurda dos que passam fome,
Privados do pão cotidiano, que precisa ser melhor partilhado,
Em alegres sinais de comunhão e partilha como o Senhor o fez.
 
Ora minhas lágrimas eram mais fortes que as gotas dos céus,
Mas não tão maiores e intensas do que a Graça que nos vem do alto,
Nos cumulado de bênçãos, luz, sabedoria para o árduo caminho.
 
Mas minhas lágrimas também se confundiram com as gotas chuva,
Por contemplar, com emoção, tantas histórias de doação e coragem,
Dos que arriscam a vida em solidariedade e cuidado de vidas enfermas.
 
Da mesma forma pela gratidão de sinais da bondade divina,
Lágrimas derramadas por nada merecermos, pela miséria que somos,
Mas pela eterna misericórdia divina, que nos acolhe, ama e perdoa.
 
Lágrimas vertidas sobre a face e gotas de chuvas se misturavam.
Ora em expressão de angústia e tristeza, ora esperança e alegria,
E que quando de tristeza, secas pelo calor do Sol Nascente.
 
Lágrimas e gotas de chuva presentes no cotidiano humano:
Se preciso chorar pela dor, choremos, mas em Deus confiemos,
e vertamos também lágrimas a Deus, de eterna dívida e gratidão. Amém.
 

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