Amor e ardor na fidelidade ao Senhor!
Reflitamos sobre as exigências para seguir Jesus à
luz da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 14,25-33).
Constatamos que não se trata de um caminho marcado por facilidades. Ao
contrário, o caminho da Cruz exige renúncia, coragem, desapegos,
desprendimentos como veremos à luz da mencionada passagem.
Caminhemos com o Senhor rumo a Jerusalém. Seguir o Senhor, não é falta de
opção, ao contrário, é a melhor e a mais decisiva opção que fazemos em nossa
vida.
Trata-se da mais radical, pois deve ser feita na raiz de nosso coração, na raiz
de nossa vida, de modo que nossa vida é redimensionada e deverá ser pautada
pela Sabedoria Divina que nos é revelada, de modo especial na Sagrada
Escritura.
Esta escolha implica fortalecimento do coração com
o Amor Divino, e a nossa mente com sua mais bela e desejada Sabedoria (Sab.
9,13-18).
O amor é essencial para que se fortifique novo modo
de se relacionar rompendo barreiras, superando preconceitos, numa relação de
irmãos e irmãs em Cristo como nos fala o Apóstolo à Filemon ( Fm 9b-10.12-17).
A Sabedoria Divina possibilita-nos o conhecimento
da vontade de Deus, acompanha-nos em nossos discernimentos para viver a Sua
vontade com paciência, constância e prudência.
Assim conclui-se que só por amor e com Sabedoria
Divina trilharemos o caminho da cruz que, por mais paradoxal que possa parecer,
é o caminho da felicidade.
Neste caminho três exigências para que sejamos
cristãos, de fato:
Ø O desapego
afetivo em relação à família e até a própria vida;
Ø A disponibilidade
para carregar a cruz, na mais perfeita e completa imitação do Sublime Mestre e
Divino Salvador;
Ø A renúncia de
tudo, deixando absoluto espaço para Aquele que é o Absoluto em nossa vida.
Deste modo, compreenderemos e veremos confirmada a
Palavra do Senhor: “Quem perder sua vida por causa de mim, ganhá-la-á” (Lc
9,22-25).
Como vemos nas Parábolas do Evangelho, aquele que
se coloca a caminho com o Senhor, precisa da “sabedoria do arquiteto” e a
“prudência de um rei”, para um seguimento que não seja entusiasmo momentâneo.
Sejamos realistas como o arquiteto e prudentes como
o rei evitando ilusões fáceis, não reduzindo o cristianismo apenas ao “cultivo
de boa vontade”.
Sábios e criativos, saberemos enfrentar os riscos
que o compromisso cristão nos apresenta a cada momento, contando com a Fonte da
Sabedoria, a presença do Espírito.
Por isto, concluamos com compromisso de mais tempo
dedicado à oração e leitura da Palavra Divina, pedindo ao Senhor, uma vez
por Ele amados e seduzidos, que jamais O desapontemos no caminhar da fé.
Tenhamos a maturidade de suportar os riscos de
nossa fé cristã, com a certeza de que na fidelidade vivida na construção do
Reino, nutridos provisoriamente no Banquete da Vida, um dia no Banquete Eterno
a Coroa da Glória nos será alcançada.
Se quisermos seguir
Jesus... Por onde iremos?
Pelo caminho da facilidade ou da felicidade?
O que é necessário para
que sigamos o Senhor?
Sem cruz não há
fidelidade no seguimento ao Senhor!
Sem despojamento,
desprendimento e
renúncia não há
discipulado!
Como discípulos
missionários do Senhor,
amemos com o Amor do
Amado.
Eis a fonte, princípio
e meta de um autêntico,
frutuoso e desejado
discipulado!
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