sexta-feira, 27 de setembro de 2024

A indissociabilidade que nos conduz aos céus!

                                                     

A indissociabilidade que nos conduz aos céus!

À Luz dos Escritos do Presbítero São Vicente de Paulo, cuja memória celebramos dia 27 de setembro, vemos quão indispensável é a oração, mas não menos indispensável é o serviço aos pobres.

O Presbítero não tem dúvida alguma em dizer que se deve preferir o serviço aos pobres acima de tudo.

A caridade para ele é como “uma grande dama” que nos impões o imperativo de nos colocarmos ao serviço dos pobres ou mesmo nos colocarmos em sua procura para servi-los.

Aqui, ressoa Mateus 25 sobre o julgamento final: Amando e servindo o pobre, estaremos amando e servindo o próprio Senhor. Amando-O e servindo-O nos pobres credenciamo-nos para sermos convivas do Banquete da Eternidade.

Ponhamo-nos em frutuosa leitura de seus Escritos:

“Não temos de avaliar os pobres por suas roupas e aspecto, nem pelos dotes de espírito que pareçam ter.

Com frequência são ignorantes e curtos de inteligência. Mas muito pelo contrário, se considerardes os pobres à luz da fé, então percebereis que estão no lugar do Filho de Deus que escolheu ser pobre.

De fato, em Seu sofrimento, embora quase perdesse a aparência humana – loucura para os gentios, escândalo para os judeus – apresentou-Se, no entanto, como o Evangelizador dos pobres: Enviou-Me para evangelizar os pobres (Lc 4,18). Devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar aquilo que Ele fez: ter cuidado pelos indigentes, consolá-los, auxiliá-los, dar-lhes valor.

Com efeito, Cristo quis nascer pobre, escolheu pobres para Seus discípulos, fez-Se servo dos pobres e de tal forma quis participar da condição deles, que declarou ser feito ou dito a Ele mesmo tudo quanto de bom ou de mau se fizesse ou dissesse aos pobres.

Deus ama os pobres, também ama aqueles que os amam. Quando alguém tem um amigo, inclui na mesma estima aqueles que demonstram amizade ou prestam obséquio ao amigo. Por isto esperamos que, graças aos pobres, sejamos amados por Deus.

Visitando-os, pois, esforcemo-nos por entender os pobres e os indigentes e, compadecendo-nos deles, cheguemos ao ponto de poder dizer com o Apóstolo: Fiz-me tudo para todos (1Cor 9,22).

Por este motivo, se é nossa intenção ter o coração sensível às necessidades e misérias do próximo, supliquemos a Deus que derrame em nós o sentimento de misericórdia e de compaixão, cumulando com ele nossos corações e guardando-os repletos.

Deve-se preferir o serviço dos pobres a tudo o mais e prestá-lo sem demora. Se na hora da oração for necessário dar remédios ou auxílio a algum pobre, ide tranquilos, oferecendo a Deus esta ação como se estivésseis em oração.

Não vos perturbeis com angústia ou medo de estar pecando por causa de abandono da oração em favor do serviço dos pobres. Deus não é desprezado, se por causa de Deus d’Ele nos afastarmos, quer dizer, interrompermos a obra de Deus, para realizá-la de outro modo.

Portanto, ao abandonardes a Oração, a fim de socorrer a algum pobre, isto mesmo vos lembrará que o serviço é prestado a Deus. Pois a caridade é maior do que quaisquer regras, que, além do mais, devem todas tender a ela. E como a caridade é uma grande dama, faz-se necessário cumprir o que ordena.

Por conseguinte, prestemos com renovado ardor nosso serviço aos pobres; de modo particular aos abandonados, indo mesmo a sua procura, pois nos foram dados como senhores e protetores”.

Orar, amar e servir...
Orar, servir e amar...
Amar, orar e servir...
Amar, servir e orar...
Servir, orar e amar...
Servir, amar e orar...

Oramos para amar e servir melhor!
Amamos e servimos porque oramos!
Servimos porque oramos e amamos!
Oh feliz indissociabilidade que nos conduz aos céus!

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