quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Olhos e coração fixos no Senhor

                                                   

Olhos e coração fixos no Senhor

Na quinta-feira, da 18ª semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 16, 13-23).

Vejamos o que nos diz Missal Dominical sobre esta passagem:

Que importância tem para o homem de hoje o fato que há 2000 anos, às margens do lago de Tiberíades, Pedro tenha dito a Jesus: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo?’

Interessa ainda ao homem de hoje saber quem é Jesus? Sua pergunta ‘E vós, quem dizeis que Eu sou?’ ainda é ouvida como uma interpelação pessoal, um problema crucial ou ao menos importante?

Apesar de um secularismo cada vez mais difundido e de um abandono da prática e das tradições cristãs cada vez mais generalizado, é interessante notar como a pergunta ressoada em Cesareia de Filipe continua a criar questões inquietadoras.

Para os jovens, Jesus representa hoje a novidade, o frescor, a contestação de uma sociedade e de um sistema envelhecido, árido, privado de fantasia e criatividade; para as massas oprimidas, Jesus aparece como o libertador, o símbolo de uma esperança que não está somente num futuro mítico e misterioso; para os agentes de obras sociais, Jesus é como que um revolucionário que luta contra a injustiça, a opressão e a exploração do homem pelo homem.

Até a iconografia apresenta Jesus hoje em vestes extravagantes e coloridas de um jovem ‘hippie’, ou nas de um barbudo guerrilheiro procurado pela polícia e nas atitudes de um agitador social.

De verdadeiro e positivo, nessas representações permanece o fato de que o nosso mundo não pode prescindir de Jesus. Nossa história está tão marcada por Ele que não se pode ignorá-Lo”. (1)

A pergunta também é dirigida para os cristãos hoje, engajados em diversas pastorais: “Quem é Jesus para mim?”.

Também o Missal diz:

“Para responder, não será preciso procurar na memória alguma fórmula de catecismo aprendida na infância. Só pode responder a esta pergunta quem se encontrou com Ele, quem fez uma experiência pessoal d’Ele.

Muitas vezes, o encontro pessoal com Jesus, e, portanto, a resposta à Sua pergunta, se dá através do testemunho dos cristãos que despertam o interesse e a curiosidade nos não cristãos.

A fórmula de profissão de fé, que os cristãos recitam juntos na Missa, corre o risco de ser apenas uma expressão verbal.

A fé da Igreja em Jesus deve manifestar-se na vida. Todo cristão tem a possibilidade de ‘confirmar’ na fé os seus irmãos e ajudar os que ainda não têm fé a encontrar uma resposta”. (2)

Peregrinos longe do Senhor, caminhemos esperançosos da glória eterna. Por ora, é preciso que Deus una nossos corações num só desejo,  para que, como Povo de Deus, amemos o que Deus nos ordena e esperemos o que Ele nos promete, caminhando e enfrentando as instabilidades do tempo presente, do mundo em que nos inserimos, como sal, fermento e luz.

Importa fixarmos nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias: em Deus e na glória da eternidade.

Sendo Jesus verdadeiramente para nós o Messias, o Filho do Deus vivo, nossa esperança não será decepcionada, porque movidos pela fé n’Ele e com a força do Seu Espírito, estaremos sempre numa relação intensa e profunda com Deus Pai.

Sendo Ele para nós o Messias, o Filho do Deus Vivo, nada nos falta;  vida plena e abundante já temos no tempo presente e no futuro a eternidade.


(1) (2) Missal Dominical – Paulus - p.782 

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