No Senhor confiamos e a Ele suplicamos
Na passagem do Evangelho proclamado na Quarta-feira da 18ª Semana do Tempo Comum, vemos uma pagã que suplica a Jesus para que libertasse sua filha de um espírito impuro (Mt 15,21-28), encontramos algumas mensagens iluminadoras para nosso discipulado:
Jesus Se retira para oração...
- Quantas vezes queremos ficar diante de Deus e não conseguimos meditar?
- Quantos são os apelos que nos vêm na hora em que nos colocamos em oração?
- Quantos pedidos, telefonemas, encaminhamentos, emergências, inúmeros compromissos?
Alimentar-se espiritualmente para ser presença de Deus para o outro:
Jesus nos ensina que o clamor dos sofredores deve tocar nosso coração, e não adiar a resposta solidária, expressão concreta de amor.
Cada pessoa tem que descobrir o tempo e o modo de se alimentar, espiritualmente, para não se esvaziar na missão de cada dia.
A espiritualidade nutrida é fonte de partilha e solidariedade. A falta da oração esvazia o coração e esfria a compaixão.
Com a mulher pagã, também aprendemos:
- Ela não foi indiferente quando ouviu falar de Jesus e sabia que Ele não a decepcionaria.
Vai até Jesus não para pedir para si mesma, mas para a filha. Súplica que se abre a realidade do outro, que não reza tão apenas para si mesma…
Ela dirigindo-se a Jesus cai aos Seus pés, em absoluta atitude de humildade e confiança, suplicando como que as migalhas que caem da mesa: numa atitude de humilhação.
Mas nós não ganhamos migalhas de Deus, pois Ele não nos criou para vivermos de migalhas.
Deus sempre nos deu o melhor Pão do mundo.
Deus nos deu o melhor do melhor...
O Melhor: Jesus, o Pão da Vida!
Há muito que aprender com a atitude desta mulher que nos fala o Evangelho.
Porque Deus não quer ver ninguém na miséria, sobretudo condenado à miserável condição de pecador, excluído de Sua misericórdia e da vida plena!
Uma outra bela lição nos ilumina: quando acorremos a Deus com sinceridade, confiança e humildade, somos atendidos.
Reflitamos:
- Dirigimo-nos a Deus com humildade, confiança e sinceridade?
- Quais são os conteúdos de nossas súplicas?
- Pedimos somente para nós ou, em nossas orações, o outro ocupa lugar privilegiado?
- De que modo vivemos a atitude de agradecimento, diante de Deus, pelo Pão da Vida que nos oferece em cada Eucaristia e em todos os dias de nossas vidas?
Sejamos como aquela mulher pagã, uma estrangeira: coloquemo-nos diante de Deus e rezemos de modo que nossa oração possa tocar o coração de Deus, porque fruto da humildade, confiança e sinceridade.
Reflitamos:
- Como rezamos?
- Onde rezamos?
- O que rezamos?
- Para quem rezamos?
- Por que rezamos?
- Qual o valor da Celebração Eucarística em minha vida?
- Qual a consequência, em minha vida, ao me alimentar do Pão da Vida?
- Ofereço o melhor de mim mesmo, ou apenas ofereço migalhas, a quem de mim se aproxima?
Que nossa oração seja a expressão da confiança de que, com a força de Deus, tudo faremos melhor! E, assim, a liberdade e o amor se tornarão, em tudo e em todos, uma desejável realidade!
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