A Liturgia da Palavra
da quinta-feira da quarta Semana do Tempo Comum, apresenta-nos a passagem do
Evangelho de Marcos (Mc 6,7-13), em que Jesus envia os discípulos em missão. Jesus, O Profeta do
Pai por excelência, envia os discípulos dois a dois para pregar a Boa Nova do
Evangelho, anunciando a conversão, mudança de mentalidade e atitudes para a
acolhida da chegada do Reino. Não somente envia,
mas lhes confere o poder que tem junto do Pai para expulsar demônios, curar os
enfermos, inaugurar relações novas de vida e liberdade. Há, porém, algumas
exigências que devem marcar a vida dos discípulos do Senhor: - Alegria da missão
por Ele confiada; o despojamento, pobreza, simplicidade, liberdade total diante
de tudo e de todos, confiança incondicional no poder e na providência divina,
maturidade para suportar a rejeição e as adversidades. Assim afirma o Missal
dominical: “Quem anuncia não
deve ter nada que pese, deve ser leve e desembaraçado, não tanto de alforje e
capa, mas antes, livre de interesses humanos, de ideologias a defender, de
compromissos com as potências deste mundo. Essas coisas não lhe permitem estar
livre, condicionam-no, embaraçam-lhe o trabalho, enfraquecem-lhe o zelo,
impedem-no de merecer crédito”. Reflitamos: - Qual é a missão
que Jesus me confia? - Sinto alegria em
realizá-la? - Onde e quando
sinto a presença e ação de Deus se revelando em minha vida? - Quais exigências
estão mais presentes ou ausentes na missão que realizo como discípulo
missionário do Senhor? Urge aprender com os
Apóstolos, os Santos e tantos quantos que deram testemunho de sua fé, que sem
paixão por Jesus, fascínio por Ele e pelo Reino, não há apostolado, não há
missão e tão pouco profecia. É sempre tempo de
reavivar a chama profética, crepitar ardente no coração, para que a alegria da
missão torne visível o quanto nos configuramos ao Senhor, e assim geremos e
formemos Cristo em nós e nos outros: “Não só a Igreja na
sua totalidade, mas também cada cristão deve sentir-se escolhido pessoalmente,
chamado e enviado: cada um de nós faz parte de um projeto cósmico, a construção
do Reino de Deus. O grande pecado seria sentirmo-nos sozinhos ou sentirmo-nos
inúteis” (1) (1) Leccionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - pág. 714
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