Aprendamos com a súplica da mulher pagã…
Na passagem do Evangelho proclamada na Quinta-feira da quinta semana do Tempo comum (Mc 7, 24-30), vemos uma pagã que suplica a Jesus para que libertasse sua filha de um espírito impuro.
Há algumas coisas que ressaltam nesta ação libertadora de Jesus: Ele havia Se retirado para oração...
- Quantas vezes queremos ficar diante de Deus e não conseguimos meditar?
- Quantos são os apelos que nos vêm na hora em que nos colocamos em oração?
- Quantos pedidos, telefonemas, encaminhamentos, emergências, inúmeros compromissos?
Mas Jesus nos ensina que o clamor dos sofredores deve tocar nosso coração, e não adiar a resposta solidária, expressão concreta de amor.
Cada pessoa tem que descobrir o tempo e o modo de se alimentar, para não se esvaziar na missão de cada dia.
A espiritualidade nutrida é fonte de partilha e solidariedade. A falta da oração esvazia o coração e esfria a compaixão.
A mulher pagã nos ensina coisas maravilhosas:
- Ela não foi indiferente quando ouviu falar de Jesus.
- Ela sabia que Ele não a decepcionaria.
Vai até Jesus não para pedir para si mesma, mas para a filha. Súplica que se abre a realidade do outro, que não reza tão apenas para si mesma…
Ela dirigindo-se a Jesus cai aos Seus pés, em absoluta atitude de humildade e confiança, suplicando como que as migalhas que caem da mesa: Atitude de humilhação.
Mas nós não ganhamos migalhas de Deus.
Deus não nos criou para vivermos de migalhas.
Deus sempre nos deu o melhor Pão do mundo.
Deus nos deu o melhor do melhor, do melhor...
O Melhor: Jesus, o Pão da Vida!
Porque Ele não quer ver ninguém na miséria, sobretudo condenado à miserável condição de pecador, excluído de Sua misericórdia e da vida plena!
Esta passagem do Evangelho nos ensina que quando acorremos a Deus com sinceridade, confiança e humildade, somos atendidos.
Há muito que aprender com a atitude desta mulher que nos fala o Evangelho.
Reflitamos:
- Dirigimo-nos a Deus com humildade, confiança e sinceridade?
- Quais são os conteúdos de nossas súplicas?
- Pedimos somente para nós ou, em nossas orações, o outro ocupa lugar privilegiado?
- De que modo vivemos a atitude de agradecimento, diante de Deus, pelo Pão da Vida que nos oferece em cada Eucaristia e em todos os dias de nossas vidas?
- Como rezamos?
- Como rezamos?
- Onde rezamos?
- O que rezamos?
- Para quem rezamos?
- Por que rezamos?
- Qual o valor da Celebração Eucarística em minha vida?
- Qual a consequência, em minha vida, ao me alimentar do Pão da Vida?
- Ofereço o melhor de mim mesmo, ou apenas ofereço migalhas, a quem de mim se aproxima?
Mais uma vez aprendemos com uma pagã, uma estrangeira, a nos colocarmos diante de Deus; a rezarmos de modo que nossa oração possa tocar o coração de Deus, porque fruto da humildade, confiança e sinceridade.
Seja nossa oração a expressão da confiança de que, com a força de Deus, tudo faremos melhor! E, assim, a liberdade e o amor tornar-se-ão, em tudo e em todos, realidade!
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