sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

“Perdoai-nos as nossas ofensas”

           




“Perdoai-nos as nossas ofensas”

Ao rezarmos a Oração do "Pai-Nosso”, comumente, dizemos: – “... Perdoai as nossas ofensas...”.

No entanto, na fórmula que traz o Missal (Dominical e Cotidiano), temos: – “... Perdoai-nos as nossas ofensas...”.

Sobre isto, a Professora Jamilia Elias Piera, afirma que ambas as formas estão corretas, uma vez que o verbo “perdoar” contempla três argumentos: o sujeito (quem perdoa), o complemento direto (o que se perdoa) e complemento indireto (a quem se perdoa).

Deste modo, quando se diz a segunda forma, “perdoai-nos as nossas ofensas” — ambos os complementos do verbo estão presentes; tanto o complemento direto — “as nossas ofensas” como também o indireto — “nos”.

Na primeira frase — "perdoai as nossas ofensas" —  a omissão do complemento indireto é legitimada pela presença do possessivo “nossas”, que nos dá essa informação (“perdoai as nossas ofensas” = “perdoai as ofensas a nós”).

O fundamental é que não rezemos apenas repetindo as palavras, sem a devida atenção e conteúdo.

Quando pedirmos perdão, que seja de coração sincero, para que o perdão, a Deus pedido e alcançado, frutifique, em nosso coração e em nossa vida, sinais de amor, alegria, partilha, comunhão, solidariedade.

Vale ressaltar, porém, que devemos optar pela forma que o Missal nos apresenta, por tratar-se de uma ação litúrgica: – “... Perdoai-nos as nossas ofensas...”.

Conferir: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a sintaxe-do-verbo-perdoar/23746

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