sábado, 10 de agosto de 2024

Diácono São Lourenço, mártir do Senhor

                                                    

Diácono São Lourenço, mártir do Senhor

Ao Celebrarmos a Festa do Diácono e Mártir São Lourenço (séc. III), ouvimos a passagem do Evangelho de São João (Jo 12,24-26), em que Jesus nos diz – “Se o grão de trigo, que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morrem então, produz muito fruto”.

Contemplemos o Mistério do Amor sem limites, que Nosso Senhor Jesus viveu em favor de todos nós, na obediência, fidelidade, e radicalidade do Amor, até a morte, e morte de Cruz.

Jesus nos ensina que vivemos em tempo de germinação secreta. Aos poucos, vemos o que é preciso “morrer” dentro de cada um de nós, para que possa rebentar em flores pascais.

É o que contemplamos na passagem da Epístola aos Hebreus (Hb 5, 7-9) que nos apresenta Jesus como o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, que se solidariza com a humanidade e aponta o caminho da Salvação através da obediência e fidelidade a Deus. Escreve para estimular a vida cristã. É imperativo do crescimento na fé.

Impressiona-nos como descreve Jesus, verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, como fora definido pelos Concílios.

Como homem, sofreu, chorou, teve medo, angústia, cansaço. Um homem que, vivendo entre os homens, compreendeu as fraquezas humanas. Fez-Se igual a todos nós, exceto no pecado.

Somente na oração pôde viver a adesão incondicional ao Pai, fazendo de Sua vida uma perfeita oferenda, como fonte de Salvação eterna.

Ele, Ressuscitado, caminha conosco, e, conhecedor das fragilidades humanas, pôde cumprir integralmente o Projeto de Amor do Pai para toda a humanidade, ontem, hoje e sempre.

Retomando a passagem do Evangelho, Jesus nos apresenta o caminho da Cruz, que consiste num aparente fracasso, mas é dela que brota a Vida verdadeira e eterna, que Deus tem preparada para aqueles que O amam e são fiéis.

Na Cruz, Se manifestará a glória de Deus. Será nela o último ato de Amor ao extremo, total, incondicional. Nela, conhecemos Jesus, que morre para ensinar aos homens o Amor sem limites. É dela que nasce a Vida. Quando o Coração de Jesus é trespassado, jorra sangue e água: Batismo e Eucaristia, Vida e Alimento.

Sua glorificação, como Palavra última do Pai, foi o selo de Deus. Os discípulos não trilham um caminho de fracasso e morte, mas de glorificação e vida.

Jesus há de ser, para quem O quiser conhecer, o Salvador, o centro da História e não apenas uma “pequena nota no rodapé da história humana”.

Urge rever o caminho que estamos trilhando; rever nossa fidelidade e amor incondicional por Jesus e Sua Igreja.

É tempo de avaliar a coragem que temos no carregar da cruz, e de nos solidarizarmos com os crucificados da história.

É tempo de germinação secreta  silêncio profundo e frutuoso. Precisamos ter coragem de fazer morrer nossos instintos egoístas, autossuficientes, caprichos, vaidades, preguiça, omissão, comodismo, e tudo quanto possa ser dito.

Sem morte, renúncias, purificação, ousadia na entrega da vida, como expressão de amor e doação total, como Jesus o fez, jamais poderemos alcançar a graça da glória.

Não desperdicemos a graça que Deus nos concede em todo o tempo. Sejamos como grão de trigo que morre para não ficar só, mas rebentar em flores e frutos de eternidade. Será nossa grande Páscoa.

Contemos com a intercessão e a comunhão de todos os santos, e de modo especial o Diácono e Mártir São Lourenço:

Oremos:

Ó Deus, o vosso diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amou e praticar o que nos ensinou. Por N.S.J.C. Amém”.

PS: Fonte de pesquisa: www.Dehonianos.org/portal

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