A ação evangelizadora à luz das Bem-Aventuranças
“Bem-Aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus...”
Reflexão à luz da passagem do Evangelho (Mt
5, 1-12), em que Jesus nos apresenta, no alto da Montanha, as Bem-Aventuranças.
Na
realização das atividades pastorais, é sempre oportuno rever objetivos e
estratégias para melhor anunciarmos e testemunharmos a Boa-Nova do Evangelho.
Sem
dúvida, somente na vivência das Bem-Aventuranças, é que realizaremos o Projeto
de vida no encontro da verdadeira felicidade, que é, ao mesmo tempo, o caminho
de santidade que todos somos chamados a trilhar, rumo a glória da eternidade.
Conduzidos
e iluminados pelas Bem-Aventuranças, seremos pobres em espírito, com absoluta e
incondicional confiança em Deus; possuiremos a mansidão necessária para
enfrentarmos as situações adversas; viveremos as aflições quotidianas, certos
de que Deus jamais nos desampara, e nos dá Seu consolo, força e proteção.
Nossa
fome e sede de justiça serão saciadas, e não nos omitiremos nos sagrados
compromissos por um novo céu e uma nova terra, com relações que expressem maior
fraternidade e comunhão.
Viveremos
a misericórdia, expressa na acolhida, no perdão, na solidariedade, capacitando-nos
e nos colocando com alegria como instrumentos da paz, para sinalizar a presença
do Reino de Deus em nosso meio.
Iluminados
por elas, teremos a pureza de coração e de alma necessária, gerando e formando
Cristo em nós e nos outros, com maturidade e coragem para suportar eventuais
insultos, calúnias, tormentos, perseguições e, até mesmo a morte, se ela se
fizer presente, ainda que indesejável, como assim testemunharam os profetas,
apóstolos, mártires e tantos cristãos, nesta longa história de amor e
fidelidade ao Senhor.
Pelas
Bem-Aventuranças iluminados evangelizaremos com amor, zelo e alegria, com a
presença do Espírito do Senhor que repousa sobre nós (Lc 4,18).
Evidentemente,
viver as Bem-Aventuranças, como projeto e desafio permanente, exige que
carreguemos a cruz quotidianamente com suas necessárias renúncias, o que
somente será possível se crermos piamente que Jesus viveu, morreu e desceu à
mansão dos mortos, mas Ressuscitou triunfalmente ao terceiro dia.
Crendo
no Cristo vivo e Ressuscitado, glorioso, sentado à direita do Pai, renovemos a
alegria de combatermos o bom combate da fé, no tempo presente, (como Igreja
militante), rumando ao céu, para nos juntarmos àqueles que já se encontram na
glória da eternidade (Igreja triunfante), sem deixar de elevarmos orações por
aqueles que entre nós viveram, mas ainda não podem contemplar a face divina,
devido aos seus pecados (Igreja padecente).
Sejamos
sempre conduzidos e iluminados pelas Bem-Aventuranças, com a convicção de que
seremos julgados por Deus: “No entardecer de nossa vida seremos
julgados pelo amor” (São João da Cruz).
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