A radicalidade do amor e a cultura da paz
No Tempo da Quaresma (2018), a Igreja no Brasil realizou a Campanha da Fraternidade, com uma temática de extrema importância – “Fraternidade e a superação da violência”, com o Lema – “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).
Vejamos um parágrafo iluminador que a Conferência de Aparecida nos apresenta, a fim de que a evangelização contribua na construção da fraternidade, promovendo uma cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência, como vemos no Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade.
A Igreja nos ensina que somente será possível purificar as estruturas da sociedade violenta e gerar novas estruturas, se promovermos uma evangelização que coloque a Redenção no centro, nascida de um amor crucificado.
Esta evangelização de nossos povos será autêntica se assumirmos plenamente a radicalidade do amor cristão, que se concretiza no seguimento de Cristo na Cruz; no padecer por Cristo por causa da justiça; no perdão e no amor aos inimigos.
Este amor, segundo o ensinamento do Evangelho, supera o amor humano e participa do amor divino, único eixo cultural capaz de construir uma cultura da vida.
Esta cultura de vida deve se inspirar no Deus Trindade, pois, nela, a diversidade de pessoas não gera violência e conflito; ao contrário, é a fonte mesma do amor e da vida.
Vivemos em contextos de múltiplas formas de violência, que somente se resolverá com a radicalidade do amor redentor de Nosso Senhor, a nós dado como Novo Mandamento.
A Evangelização marcada pelo amor de plena doação é o caminho para superação de conflitos e a construção de uma nova sociedade:
“Só assim o Continente da esperança pode chegar a tornar-se verdadeiramente o Continente do amor” (DAP n.543).
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