quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Se quiseres seguir Jesus...

Se quiseres seguir Jesus...

Se quiseres seguir Jesus...
Tome em suas mãos a Palavra de Deus medite, o sofrimento de Jó (Jó 9.1-12.14-16) e sua atitude diante de Deus, e as exigências que Jesus apresenta a todo aquele desejo ser Seu discípulo missionário, como vemos nos Evangelhos.

Se quiseres seguir Jesus...
Sete exigências emergem suavemente de nossa reflexão.

Desapego material – vida na pobreza, o que não podemos compreender como sinônimo de miséria. Deus jamais sacralizou a miséria, pelo contrário a abominou. Saciou os famintos, partilhou o pão, anunciou um mundo de igualdade e partilha, com vida digna para todos, que só será possível quando os bens forem para o bem comum, sem exclusão. A opulência e luxo de alguns é o preço da miséria e sofrimento de muitos.

Desapego da própria Vida – desejo profundo de vida nova que brota da fé na Ressurreição. Desapegar-se da própria vida é não prender-se ao passado e suas seduções, mas ansiar por uma vida nova. Há que se caminhar sem saudosismo do passado, sem lamentos e reclamações. Com a Ressurreição tudo o que era velho passou, eis que Ele faz novas todas as coisas. Não cultuemos a morte, amemos e adoremos a Vida n’Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Desapego familiar – novos laços são sempre possíveis quando nos abrimos à vida de comunidade. Desapegar-se da família não é relativizá-la, desprezá-la, antes, é inseri-la numa grande família que é formada pela Comunidade Igreja, na qual somos introduzidos pelo Batismo, como pedras vivas, amadas e escolhidas por Deus. Ser Igreja, membro de uma família maior, na santificação de nossas pequenas células de uma sociedade: nossa pequena e indispensável família, sacrário vivo da vida, escola em que aprendemos as primeiras lições que nos marcarão para sempre. A família está para a comunidade Igreja, como a comunidade Igreja se coloca a serviço de toda família (Igreja Doméstica) e prima pela sua estruturação e santificação.

Confiança irredutível em Deus – haja o que houver, como a experiência profunda de Jó no AT. Confiança irredutível, irrevogável e irremovível, para além de todas as perdas, abandonos, incompreensões, mistérios que a vida comporta… Confiar e se comprometer, jamais ao Amor e Projeto de Deus se fechar. Confiar para além de todas as aparências e reticências.

Assumir nossa pequenez diante da grandiosidade de Deus  somos tão pequenos diante do Mistério de Deus, do Seu infinito Amor. Quem somos para questionar os desígnios e Mistérios de Deus? Somos criaturas, obras imperfeitas, porém queridas e amadas pelo Criador. Em constante aperfeiçoamento, em interminável “inacabamento” final.

Humildade – húmus – terra – pó – isto é o que somos. Jó se dirige a Deus com toda humildade. A Ele nunca podemos nos dirigir com arrogância, como intrépidos cobradores, presunção e indiferença… Quem somos nós para nos colocarmos em pé diante de Deus, cobrando-lhe direitos e respostas? Antes de tudo, Ele nos predestinou, criou, amou, santificou, redimiu, e um dia quer nos acolher junto de Si na glória da imortalidade, no esplendor de Sua luz, na profundidade de Sua ternura e Amor – céu.

Saber fazer silêncio – Saber calar-se. Cessem as palavras, para que no silêncio das mesmas a Palavra, que é o próprio Cristo, possa no mais profundo de nós, falar. 

Quando nos calamos e nos silenciamos, temos a possibilidade de a voz de Deus ouvir. No silêncio de nossas palavras, a Palavra ecoa e ressoa trazendo as respostas às inquietantes questões que nos roubam a paz, a alegria. A alegria e a saúde brotam no coração de quem sabe silenciar diante dos Mistérios de Deus, para Sua Palavra acolher e frutificar…

Se quiseres seguir Jesus… E, como queremos!
Sete exigências para refletir, e uma única resposta a oferecer.
Somente a Ti, Senhor, queremos amar e seguir.
Somente por Ti nosso coração se deixará seduzir.
A alegria, a paz o encanto no coração há de resplandecer!

Nenhum comentário:

Postar um comentário