quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Identidade, vida e missão do Presbítero diocesano



Identidade, vida e missão do Presbítero diocesano

Reflitamos sobre a vida e missão do presbítero diocesano, à luz dos parágrafos 43-53, do Documento número 110 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sobre as Diretrizes para a formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil.

O Presbítero diocesano é corresponsável pela ação pastoral da Igreja particular, portanto, cabe a este a colaboração para que a Diocese com suas Paróquias reformulem as suas estruturas, tornando-se casas e escolas de comunhão, como redes de comunidades evangelizadoras, na expressão visível da opção preferencial pelos pobres (cf. n.49).

Sua identidade, vida e missão se expressam no vínculo especial de comunhão com o seu bispo, e devem permear todo o itinerário formativo em vista de viver o Ministério segundo o estilo de Jesus, ferido, morto e Ressuscitado, de modo que seja:

- capaz de ter a mesma compaixão de Jesus;
- generosidade;
- amor para com todos e especialmente pelos mais pobres;
- pronta solicitude pela causa do Reino;
- testemunha da caridade pastoral. (cf. n.44)

Deste modo, o Presbítero deverá:

- dar testemunho pessoal de fé e caridade;
- viver uma espiritualidade marca por renúncias e despojamento de si mesmo;
- priorizar a tarefa da evangelização, conferindo o caráter missionário do ministério;

- acolher a exemplo de Cristo Pastor, unindo a firmeza à ternura, sem ceder à tentação de um serviço burocrático e rotineiro;
- viver solidariedade efetiva com a vida do povo, na opção preferencial pelos pobres com especial sensibilidade com os oprimidos e sofredores;

- cultivar a dimensão ecumênica, o diálogo inter-religioso no respeito à pluralidade de expressão da fé em Deus e nos valores do Evangelho;
- apoiar a justas reinvindicações do povo, especialmente dos pobres, de acordo com as orientações do Magistério da Igreja;

- ter a capacidade de respeitar, discernir e suscitar serviços e ministérios para a ação comunitária e a partilha;
- promover a manutenção da paz e da concórdia fundamentada na justiça;

- configurar-se como homem da esperança e do seguimento de Jesus na Cruz;
- ter capacidade para a administração pastoral, patrimonial, econômico-financeira e pessoal.  (cf. n.43).

Concluindo, o presbítero diocesano viverá no mundo, no meio do seu povo, conhecendo as “alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem”, e assim, será um bom padre, como nos falou o Papa Francisco:

“Um bom padre é antes de tudo, um homem com sua própria humanidade, que conhece a própria história, com as suas riquezas e as suas feridas, e que aprendeu a fazer paz com as mesmas. Alcançando a serenidade de fundo própria de um discípulo do Senhor” (cf. n.46).

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