quinta-feira, 24 de julho de 2025

Abertos à novidade do Espírito

 


Abertos à novidade do Espírito

“Não andeis preocupados acerca de vossa vida, com o que haveis de comer ou de beber, nem acerca de vosso corpo, com o que haveis de vestir... Não vos inquieteis... Os pagãos é que se preocupam com estas coisas. O Vosso Pai celeste sabe que precisais de tudo isso” (1)

Assim lemos no Missal Cotidiano sobre a passagem do Livro do Êxodo (2)(Ex 16,1-5.9-15):

“De um lado, o medo do novo, do imprevisto; de outro, o amor à vida calma, o desejo de não mudar as coisas existentes... podem entorpecer nossa fé que, pelo contrário, é movimento, é dinamismo, é procura, porque é vida.

Novas formas de catequese, novos modos de viver a liturgia, novas orientações na comunidade paroquial... tudo pode ser motivo de surpresa, de confusão.

É natural. Mas depois deve vir a reflexão, o diálogo, para se tomar consciência do porquê das coisas e esforçar-se por entrar no novo espírito.

Há risco quando se mudam as coisas, mas é maior o risco quando nada se quer mudar.” (2)

Desta forma, compreendemos a exortação feita pelo Papa Francisco, na Evangelii Gaudium – A Alegria do Evangelho, sobre a necessária e inadiável renovação eclesial:

“Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à auto-preservação.

A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de «saída» e, assim, favoreça a resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade. Como dizia João Paulo II aos Bispos da Oceania, «toda a renovação na Igreja há de ter como alvo a missão, para não cair vítima duma espécie de introversão eclesial»” (3)

Oremos:

Senhor Deus, somos Teu povo peregrino da esperança, e diante dos muitos desafios que encontramos na caminhada de fé, dai-nos coragem para enfrentá-los, com abertura necessária ao sopro do Espírito, para que ouçamos e cumpramos Teus desígnios, com a coragem para as mudanças que se fizerem necessárias.

Senhor Deus, cremos na Palavra do Teu Filho, que nos ensina a confiar em Tua divina providência, sem jamais nos omitirmos dos sagrados compromissos que se fizerem presentes, como Igreja que somos, a fim de que ela seja um sopro de vida e esperança, para a toda a humanidade.

Senhor Deus, com o Teu Espírito, vivamos a missão a nós confiada pelo Teu Filho, quando entre nós, Ele que passou fazendo o bem e socorrendo todos os que eram prisioneiros do mal; e ainda hoje,  como bom samaritano, vem ao encontro de todos os que sofrem no corpo ou no espírito, e derrama em suas feridas, o óleo da consolação e o vinho da esperança.

Senhor Deus, derramai em nós a Tua graça, para que quando formos  submergidos na noite da dor, ou se tivermos que a travessia do árido deserto do cotidiano atravessar, vislumbrar a Luz Pascal de Teu Filho morto e ressuscitado por meio de Sua Palavra, que a nós Se dá em Alimento, no Pão da Eucaristia. Amém. 

 

(1) Cf. Mt 6,25-32

(2)Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus - p.1055

(3)Evangelii Gaudium –(2013) – parágrafo n. 27

Nenhum comentário:

Postar um comentário