Mãe, eterna presença
Mãe, eterna presença
Mãe, já faz
algum tempo que você se foi,
Não importam
quantos anos.
A dor da saudade
me consome,
Em cortante dor
da ausência.
Ainda que não esteja
presente, sempre está,
Com tuas
palavras, ensinamentos
A dedicação de
um grão de trigo,
No chão, caído, a
morrer, frutos produzir...
Ainda que não veja
teus passos,
Recordo teus
apressados passos,
Nos cuidados do
cotidiano,
Comigo e com
todos a ti confiados.
Ainda que não
escute tua voz,
Continuas me
falando o essencial,
Para a árida
travessia do deserto,
Me apontando os
oásis divinos.
Ainda que não sinta
o exalar de teu perfume,
Continuas
perfumando com suavidade
o meu corpo cansado
na missão a cumprir,
sem lamentos,
impensável retrocesso.
Ainda que não
veja mais o sorriso em teus lábios,
Nas horas
amargas, das forças consumidoras,
Eles são para
mim, como um precioso bálsamo, na busca de horizontes infinitos.
Ainda que não
mais teus toques e acenos,
Sinto tua
presença encorajadora.
Sigo minha nau
em ventos agitados,
Mantenho-me
firme, calmo, sereno...
Mãe, até que um
dia nos reencontremos,
por ti, minha
súplica, uma oração.
No Altar do
Senhor, de ti me lembro,
Na comunhão dos
santos, conforto, santo alento! Amém.
Belíssimo poema! Amor e saudade presentes. A forma como é descrita a presença contínua da mãe, após sua partida é forte e emocionante. É liiinddooo o uso das imagens poéticas, como o grão de trigo e os oásis divinos - transmitem esperança e consolo.
ResponderExcluirO poema é uma homenagem linda à mãe do eu-lírico, deixando claro a importância que a mãe teve na sua vida.