terça-feira, 29 de outubro de 2024

O Amor e a Felicidade

                                                    



O Amor e a Felicidade

Reflitamos sobre o imensurável Mistério do Matrimônio, como nos disse o Apóstolo Paulo na Carta aos Efésios (Ef 5,21-33), partindo do pressuposto que o princípio de um matrimônio é o amor, e a sua meta é a felicidade.

- Mas, como alcançá-la?
- Quem e como a buscam?
- Quais são as exigências para que ela, a felicidade se concretize em sua melhor expressão?

- Quantos ignoram a Igreja, a Celebração, a Bênção, o Mistério Sagrado do Matrimônio?
- Quantos são levados pela indiferença do caráter sagrado e religioso do casamento?
- E quantos o buscam por aparência e conveniência social, sem os sinceros propósitos que são necessários para que seja celebrado?

Felizmente, há casais com sede de algo sagrado, que não se busca no imediatismo e durabilidade temporária das coisas; ou na superficialidade dos fatos; na precariedade dos relacionamentos e tão pouco na instabilidade dos sentimentos.

Há algumas exigências para que o matrimônio seja Sacramento, sinal do Amor de Deus pela humanidade, de Cristo pela Igreja. Reflitamos brevemente sobre elas.

O AMOR.
Com todas as letras em maiúsculo, pois, há casamentos que são amores com letras minúsculas, não suportam os ventos, as tempestades, porque muitas vezes edificados sobre a areia (Mt 7, 21-27).

Num casamento o princípio indispensável e fundamental de tudo é o Amor. Vive-se sem algumas coisas por algum tempo, mas não se vive sem o Amor por um segundo apenas!

O Amor é o princípio e a fonte do Amor é Deus.


A liberdade:
Ninguém pode casar por imposição, nem sob nenhuma condição exterior. Há de ser a expressão máxima da liberdade assumida diante de Deus.
Compromisso mútuo assumido na mesma medida e intensidade.

A fidelidade:
Acompanha o princípio do amor, que traz em si a semente da indissolubilidade – “O que Deus uniu o homem não separe”, e há de ser vivida na liberdade de dois corações que se uniram, não por imposição, tão pouco sob condição.
Casamento exige a liberdade e maturidade de ambos.

A indissolubilidade:
Realidade de comunhão indissolúvel, pois, expressa a mais bela e perfeita união de Deus com a humanidade e de Cristo com Sua Igreja.
Deixam de ser dois, tornam-se um.

A fecundidade:

Filhos não serão obras do acaso, mas frutos do amor que, por Deus, foi abençoado e vocacionado a frutificar em novas vidas.

Some-se ao que foi dito, o respeito, a responsabilidade, o zelo, a cumplicidade (como sinônimo de proteção e edificação mútua), e outros elementos podem ser mencionado para que o Casamento não perca seu brilho, para que a chama do primeiro amor não se apague, não perca seu brilho e vigor.

Os filhos devem estar presentes como graça de perpetuar a humanidade.

A Felicidade deve ser a Meta de todo casamento.
Desde o princípio Deus quis que o casamento fosse realização de sonhos; não a perpetuação de pesadelos.

Um casamento abençoado pelo Deus de Abraão, Isaac, Jacó terá como princípio fundamental o AMOR e como meta a FELICIDADE.

Amor vivido permanentemente e a felicidade buscada em perfeita sintonia e comunhão é compromisso irrevogável, inadiável, intransferível...

Mas, AMOR como princípio e FELICIDADE como meta passam pelo Mistério da Paixão, Cruz, Morte e Ressurreição; assumida em renúncias e esforços cotidianos:

 “Quem quiser Me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz de cada dia e me siga” (Lc 9,23).

Por isto diante do altar os noivos trocando palavras dizem – “Eu... Recebo você... por meu (minha) esposa (o) e lhe prometo ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza; na saúde e na doença; todos os dias das nossas vidas!”. 

Portanto, é sempre tempo de revisão, amadurecimento, reorientação dos passos, revigoramento, reencantamento para que o horizonte do casamento, traga um ângulo diferenciado, redimensionado na busca da autêntica felicidade, com a desejável santificação do casamento.

Urge que não se intensifique as angústias, mas que se regue o chão da fé do coração humano; as sementes da esperança; deste modo farão florir o jardim do amor que todo lar deve ser.

E que esta reflexão ilumine também quem pretende chegar um dia diante do Altar para um Sacramento celebrar, testemunhando com a palavra e a vida que o Matrimônio é Sagrado, por Deus, abençoado, que jamais pode ser banalizado, diminuído, desacreditado, desvalorizado…

Cada lar, cada família deveria ser, e há de ser, um ensaio, e por que não, um pedaço de céu, onde a Felicidade frutificará como expressão de relacionamentos verdadeiros e fraternos; ternos e eternos.

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