terça-feira, 29 de outubro de 2024

Chamados à santidade

                                                    

Chamados à santidade

“Em Cristo, Deus nos escolheu antes da fundação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis diante d’Ele no amor” (Ef 1,4)

Os santos canonizados pela Igreja, como Santo Antônio, São João, São Pedro e tantos outros, fizeram seu itinerário espiritual, dando testemunho de amor e fidelidade ao Senhor e à Sua Palavra, até o fim. 

São inspiradores, por suas vidas, luminares da fé, para que também vivamos a santidade querida por Deus para todos nós, pela graça do Batismo que recebemos.

Sobre a santidade, o Apóstolo Paulo assim se expressou: “Porquanto, é esta a vontade de Deus: a vossa santificação” (1Ts 4,3); e ainda: “Em Cristo, Deus nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante d’Ele no amor” (Ef 1,4). E o próprio Senhor disse: “Portanto, deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48).

Oportunas também são as palavras da Igreja, na Constituição “Lumen Gentium”: “... Todos os fiéis, qualquer que seja sua posição na Igreja ou na sociedade, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. A santidade promove uma crescente humanização. Que todos, pois, se esforcem, na medida do dom de Cristo, para seguir Seus passos, tornando-se conformes à Sua imagem, obedecendo em tudo a vontade do Pai, consagrando-se de coração à glória de Deus e ao serviço do próximo. A história da Igreja mostra como a vida dos santos foi fecunda, manifestando abundantes frutos de santidade no Povo de Deus” (n.40).

Recentemente fomos enriquecidos com a canonização de dois papas, cronologicamente, muito próximos de nós: João XXIII e João Paulo II. Estes não derramaram sangue, em expressão máxima de martírio, como São Pedro e São Paulo, mas também viveram a santidade.

Deste modo, podemos lembrar tantas outras pessoas, que se empenharam em viver a santidade de diversas formas, com coragem, no silêncio e anonimato, na fidelidade e na generosidade, na doação e consumação de sua vida na prática do amor, que torna a vida mais humana e mais bela. Canonizadas ou não pela Igreja, procuraram viver a santificação no seu tempo e espaço.

Hoje, precisamos de santos e santas que não fechem os olhos, mente e coração, para a vontade divina, e assim vivendo sagrados compromissos, alcancemos as transformações e melhorias necessárias  em todos os âmbitos: saúde, educação, transporte, moradia, mobilidade humana, cultura, lazer etc.

Como nos exortou o Papa Francisco, é preciso que anunciemos ao mundo a “Alegria do Evangelho”, como discípulos missionários do Senhor, empenhados em viver a nossa fé em todos os espaços e em todo tempo, sobretudo na expressão sublime da caridade, que é a política. Não podemos nos curvar, indiferentes a este crucial momento em que vivemos, e é sempre tempo de dar razão de nossa esperança (1Pd 3, 15).
  
Seja a nossa devoção aos Santos, antes de tudo, o reconhecimento de suas inúmeras virtudes, vividas na fidelidade incondicional ao Senhor, para trilharmos o mesmo caminho, que requer de todos nós maior acolhida aos dons do Espírito Santo.

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