terça-feira, 29 de outubro de 2024

A Igreja é a esposa de Cristo

                                                           


A Igreja é a esposa de Cristo

“O amor é a nossa missão:
a família plenamente viva”

Apresento um parágrafo do Catecismo da Igreja Católica (n. 796) fundamental para a compreensão da Igreja como esposa de Cristo, de modo especial à luz da passagem da Carta de Paulo aos Efésios (Ef 5,21-32):

“A unidade de Cristo e da Igreja, Cabeça e membros do Corpo, implica também a distinção entre ambos, numa relação pessoal. Este aspecto é, muitas vezes, expresso pela imagem do esposo e da esposa.

O tema de Cristo Esposo da Igreja foi preparado pelos profetas e anunciado por João Batista. O próprio Senhor Se designou como ‘o Esposo’.

E o Apóstolo apresenta a Igreja e cada fiel, membro do seu Corpo, como uma esposa ‘desposada’ com Cristo Senhor, para formar com Ele um só Espírito. Ela é a Esposa imaculada do Cordeiro imaculado (Ap 22,17; 1,4.5.27) que Cristo amou, pela qual Se entregou ‘para a santificar’ (Ef 5, 26), que associou a Si por uma aliança eterna, e à qual não cessa de prestar cuidados como ao Seu próprio Corpo (Ef 5,29)”.

Citando o Bispo Santo Agostinho:

‘Eis o Cristo total, Cabeça e Corpo, um só, formado de muitos [...]. Quer seja a Cabeça que fale, quer sejam os membros, é Cristo que fala: fala desempenhando o papel de Cabeça (ex persona capitis), ou, então, desempenhando o papel do Corpo (ex persona corporis).

Conforme ao que está escrito: ‘Serão os dois uma só carne. É esse um grande mistério; digo-o em relação a Cristo e à Igreja’ (Ef 5, 31-32). E o próprio Senhor diz no Evangelho: ‘Já não são dois, mas uma só carne’ (Mt 19, 6). Como vedes, temos, de algum modo, duas pessoas diferentes; no entanto, tornam-se uma só na união esponsal [...] ‘Diz-se ‘Esposo’ enquanto Cabeça e ‘esposa’ enquanto Corpo’”. (1)

É sempre tempo favorável e fecundo para que a Família encontre espaço de oração, para que, de fato, seja um santuário da vida, espaço sagrado de relacionamentos mais fraternos, marcados pela doação, respeito, diálogo, ternura, paciência, mansidão, solidariedade, compreensão e superação para o que o Mandamento do Amor a Deus e ao próximo seja a Lei a ser vivida, para saborosos frutos produzir.

Urge que o amor vivido no espaço sagrado da família a torne plenamente viva; primeira escola de sagrados aprendizados, que nos permitam sonhar e pensar um mundo novo possível.

Deste modo, é preciso dedicar tempo para a família: é a “Hora da Família”, ontem, hoje e sempre, pois “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”.

(1) Citação do Bispo Santo Agostinho – Em. in Psal. 74,4

PS: Oportuno para a reflexão da passagem da Carta de Paulo aos Efésios (Ef 5,21-33)

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