sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Sejamos vigilantes na fé

                                                            

Sejamos vigilantes na fé
“Portanto, ficai vigiando, pois não
sabeis qual será o dia, nem a hora.” (Mt 25, 13)

Na Liturgia da Sexta-feira da 21ª Semana do Tempo Comum é proclamada a passagem do Evangelho em que Jesus nos fala do Reino de Deus a partir da conhecida Parábola das dez virgens (Mt 25, 1-13).

Enriquecedora é esta reflexão que encontramos no Missal Cotidiano:

“Jesus descreve a Bem-Aventurança eterna como uma festa de núpcias, em que o esposo é o Cristo. Mas a Parábola põe a tônica sobre as insensatas que encontram a porta fechada, porque não chegaram a tempo.

A Palavra que Jesus dirige a essas jovens é uma das mais terríveis de toda a Bíblia: ‘Não vos conheço’. Trata-se da separação total, se nos lembrarmos de que ‘conhecer’ implica na Bíblia um elemento afetivo.

Ser ‘repelido’ é o resultado da falta de ‘fé vigilante’. É terrível pensar que muitas vezes é salva a fachada, porém dentro está morto o amor, e com ele a esperança.

Continua-se por hábito, cansadamente, por comodismo ou por capricho, mas perdeu-se do ‘convite às bodas’. Falta no íntimo a espera vigilante e ativa (ter óleo) do encontro com Cristo, cuidadosamente preparado”. (1)

Na prática de uma fé vigilante, é preciso que, como discípulos missionários, não deixemos faltar o azeite da esperança, da justiça, da solidariedade, da confiança, do amor, da alegria: “As comunidades cristãs não devem permitir-se distrações ou superficialidades, mas são chamadas a alimentar a fé com o azeite da esperança e da paciência, que jamais podem abrandar em quem espera a sabedoria verdadeira e fecunda”. (2)

É preciso estar sempre vigilante nas pequenas atitudes:

“Acordar com o propósito de ser melhor, de agir melhor, de não dar tanta importância às pequenas coisas que nos desgastam por qualquer motivo, de sorrir mais, de ajudar mais o próximo, de cuidar mais da vida, pois, agindo assim, estaremos vigilantes e preparados”. (3)

Oremos: 

Senhor Deus, concedei-nos o dom da sabedoria que vem do Vosso Espírito, para acolhermos e vivermos a Palavra do Vosso Filho, para que um dia tenhamos a graça de sermos partícipes do Banquete da Eternidade.

Concedei-nos, também,  a graça de acrescentar cada vez mais o azeite em nossas lâmpadas, para que não se apague na espera, quando Vosso Filho vier gloriosamente pela segunda vez, e que o fogo do Espírito esteja crepitando em nossos corações, e assim sejamos dignos de correr ao mais desejado e esperado encontro. Amém. (4)


(1) Missal Cotidiano - Editora Paulus - p. 1211
(2)Lecionário Comentado - Editora Paulus - 2011 - p. 221
(3) Liturgia da Palavra I – reflexões para os dias da semana – Pe. José Carlos Pereira - Editora Paulus – p.253
(4) Livre adaptação Lecionário Comentado - Edit. Paulus - 2011 - p.223 

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