quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Luzes para nossas famílias

                                                         

Luzes para nossas famílias

 

Urge que solidifiquemos e santifiquemos nossas famílias; bem como redescobrir a sua importância, como espaço de novos relacionamentos e amadurecimento em valores sagrados que não podem ser esquecidos ou relegados à indiferença.

Neste sentido, oportuno o Hino escrito pelo Diácono e Doutor da Igreja, Santo Efrém, o Sírio (séc. IV): 

Família que se encontra e reza, é de fato, uma Igreja doméstica, e nela, a luz de Deus brilha mais forte.

Proponho um exercício espiritual em família: cada um escolhe uma estrofe, e compartilha em diálogo orante, num enriquecimento mútuo.

“1. Veio o Mestre de todos, em Seu amor pelos obstinados, e permaneceram em sua obstinação. Embora Ele os tenha advertido, perseguiram sem inteligência ao tesouro das inteligências.

2. Maravilho-me de Tua misericórdia, que derramaste sobre os maus; de como empobreceste Tua glória para enriquecer nossa pobreza; para que sejamos, com nossos tesouros, companheiros dos anjos.

3. Tão perfeito é em Sua bondade, que, além de ensinar, pagava um salário ao aflito Adão, a quem curou. Curou-lhe, e assim Adão aprendia. Aquele que aprendia recebeu o salário, o que aprendia quando era curado.

4. Levou a humanidade à Sua perfeição com tudo o que teve que suportar. Quando era ferido, ensinava; quando sofria, fazia promessas. Foi capturado como uma ovelha, para assim confirmar Suas promessas.

5. Aquele que julga os juízes foi interrogado e julgado, no lugar de quem havia feito o mal. Na verdade, no lugar dos ímpios foi interrogado o Justo. Glória ao que Lhe enviou!

6. Quando o Bom, em Seu amor, entrou para ser julgado em lugar dos maus, este foi o prodígio: que condenaram a Ele, em vez de a si mesmos. Eles, com Suas próprias mãos, crucificaram-Lhe, em vez da sua maldade.

 

7. Quando Se entregou a eles, para que vivessem por Sua morte, foi como o cordeiro no Egito, que dava vida porque era símbolo de seu Senhor. Assim também Ele foi morto, e, em Seu amor, redimiu aos que Lhe matavam.

8. Como Adão se extraviou pecando no paraíso, na terra das delícias, o justo, em seu lugar, foi arrastado ao tribunal, na terra dos suplícios.

9. Vede! O Bom veio para levar os justos à perfeição, que foram portadores de seus símbolos. É Ele, com sua plenitude, quem levou em seu corpo a perfeição para seus irmãos como a membros seus.

10. Assim como Adão em seu corpo matara aos viventes, assim, conforme Aquele modelo, mediante o corpo d'Aquele que a tudo aperfeiçoa, os justos alcançaram a perfeição, e os pecadores encontraram misericórdia.

11. O Vitorioso desceu para ser vencido, mas não por Satã. A este o venceu e lhe afogou. Foi vencido pelos que O crucificaram: Ele venceu com Sua justiça, e foi vencido por Sua bondade.

12. Venceu ao Forte, e foi vencido pelos fracos. Crucificaram-Lhe, porque Se deu a Si mesmo, e foi vencido para assim vencer. Venceu em Suas tentações, e foi vencido por Suas entranhas de amor.

13. Venceu a Satã no deserto, quando veio a provocar-Lhe. Foi vencido por Satã na terra dos homens, quando Lhe crucificou. Mas ao ser morto, o matava, para vencer-lhe até em Sua própria derrota.

14. A Sabedoria que a tudo aperfeiçoava, que brincava com os meninos, fazia perguntas aos simples, e disputava com os escribas, deu a todos inteligência, em todos semeou a verdade.

15. A Sabedoria de Deus desceu para viver entre os néscios. Com Sua instrução, oferecia sabedoria, com Sua explicação, iluminava. Em paga de Seus auxílios esbofetearam-Lhe as faces.

16. O Bom, em Sua bondade, desceu aos maus. Pagou Aquele que não tinha dívidas, cobrou o que não tinha emprestado. Foram-Lhe ingratos nas duas coisas: pois Lhe despojaram, e também Lhe pagaram.

17. O Bom assumiu a carga e carregou a outros, ambas as coisas são um prodígio: Enquanto Ele nos carregava com a verdade, carregou nossa iniquidade sobre Si mesmo. Os necessitados carregaram com suas riquezas, e lhe carregaram com os seus pecados.

18. O Bom mostrou Seu carinho aos crucificadores em Seus filhos, que Ele havia levado nos braços e abençoado. Um só foi o símbolo de todos eles: Quando recebeu o beijo, morderam-No com a boca do ladrão.

19. O erro daquele povo radica na esperança, e tem colocado seu olhar nos sacrifícios. É uma impiedade que, depois daquele Cordeiro de Deus, ainda sigam oferecendo sacrifícios”.

Fundamental que cada vez mais nossas famílias bebam das divinas fontes da Tradição da Igreja, bem como se nutram da Palavra Divina e também participem da Comunidade, na Ceia da Eucaristia, sobretudo aos Domingos e Festas de preceito, pois a Eucaristia é o centro e fonte de toda a vida cristã.

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