sábado, 24 de agosto de 2024

Afeição, ternura e carinho na evangelização

                                                       

Afeição, ternura e carinho na evangelização

A Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses (o Livro mais antigo do Novo Testamento) é muito inspiradora para refletirmos sobre a vida cristã.

Podemos, a partir desta Carta, avaliar os propósitos e compromissos mais sólidos, para que sejamos mais afetivos e efetivos junto às nossas comunidades.

Contemplamos na ação do Apóstolo o carinho do mesmo para com a comunidade, que se notabiliza por uma fé ativa, pela caridade esforçada e firmeza de sua esperança, pois acolhe com alegria a Palavra e a irradia para outros lugares, apesar das tribulações, dificuldades e perseguições.

Literalmente, Paulo conviveu com a comunidade, pregou a Palavra, trabalhando noite e dia para não se tornar um peso para ela.

A afeição, a ternura e o carinho de Paulo para com a comunidade aparecem explicitamente em suas palavras: –“Apresentamo-nos no meio de vós cheios de bondade, como uma mãe acaricia os filhinhos. Tanto bem vos queríamos que desejávamos dar-vos não somente o Evangelho de Deus, mas até a própria vida, de tanto amor  que vos tínhamos” (1Ts 2,7-8).

O Apóstolo nos ensina: quem ama se empenha. O amor pede esforço, dedicação, criatividade, coragem, ousadia para manter acesa a chama da profecia, ancorados na esperança da Ressurreição, que nos compromete a fazer do Paraíso, não algo que no tempo foi perdido, antes, um compromisso que se renova como projeto de vida nova a ser construído. Menos saudades, muito mais esperança e compromisso, até que vejamos acontecer novo céu e nova terra.

O Discípulo missionário do Senhor é aquele que teve o coração por Cristo seduzido, e assim, vive com a comunidade intensa e verdadeira relação de amor e ternura, como o Apóstolo o fez, e de modo muito especial àquele que possuir o Sacramento da Ordem.

A mensagem do Apóstolo Paulo é apelo de conversão constante, para que trabalhemos junto à nossas comunidades, com empenho e dedicação, de modo que, jamais se pode fazer de qualquer Ministério pela Igreja confiado, fonte de riqueza abominável, que esvaziaria toda beleza da Palavra pregada.

Avaliemos como testemunhamos nossa fé; como a tornamos viva em compromissos concretos de amor, para que nossa esperança não tenha sido uma evasão, mas sinceros compromissos com a Boa-Nova da Ressurreição.

Todos sintamos o mesmo desejo do Apóstolo: não apenas pregar a Palavra, mas dar a nossa vida pela Igreja, de modo especial pelas comunidades que nos foram confiadas ou das quais somos membros, pedras vivas e escolhidas.

Redescobrir e reavivar no mais profundo de nós a alegria de ser discípulo missionário, em todo o tempo, aprendendo sempre com o  Apóstolo que incansavelmente anunciou e testemunhou a Palavra, no bom combate da fé.

PS: Apropriada para a reflexão de 1 Ts 1,1-5.8b-10

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