quinta-feira, 18 de julho de 2024

Vinde a mim!

                                                      

Vinde a mim!

Acolhamos a mensagem da Palavra de Deus da quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum (ano ímpar) que nos questiona e não nos permite a acomodação na fé, e acima de tudo nos convida à confiança e à busca de forças tão somente em Deus, nos cansaços possíveis ao enfrentar os desafios da missão no testemunho da fé.

Na primeira Leitura (Ex 3,13-20) Deus se apresenta a Moisés como “Eu sou Aquele que sou” e a ele confia a missão de conduzir o Povo de Deus, libertando-o da escravidão do Egito para uma terra nova onde corre leite e mel.

Não será fácil esta missão, mas Moisés deve confiar sempre na presença e ação divinas em todos os momentos.

Também nós, hoje, como discípulos missionários do Senhor, como cristãos, não podemos fechar nossos ouvidos a Deus que Se revela a cada um de nós, nos chama pelo nome e nos envia em missão de vida e paz. Não podemos construir uma história na indiferença a Deus e ao Seu Amor por nós.

Nisto consiste a vitalidade e fecundidade de uma fé autêntica: crer em Deus e, no alegre testemunho, levar quantos possamos a esta descoberta e encontro que transforma a nossa vida e sempre nos prepara o melhor.

Reflitamos:

Como cada um de nós participa na construção do Projeto que Deus tem para a humanidade?
Sentimo-nos responsáveis pela transformação do mundo em que vivemos?  
O que fazemos para transformar s sinais de escuridão em sinais de luz; os sinais de morte em sinais de vida? 
Quais são as belas lições que Moisés nos ensina, sobretudo neste Ano da Fé?

Na passagem do Evangelho (Mt 11, 28-30) ouvimos a Palavra de Jesus que alcança as entranhas mais profundas de nossa alma e coração: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei descanso”.

Somente Jesus pode nos oferecer o verdadeiro “descanso”, porque é “manso e humilde de coração”, e nos oferece os distintivos, que haveremos de carregar e viver, para que o mundo O reconheça e O veja em nós: a Cruz e o Mandamento do amor a Deus e ao próximo.

Não há discipulado, não há seguimento de Jesus sem a Cruz, que é garantia de Vitória, passagem para a glória – “Quem quiser me acompanhar, renegue-se a si mesmo, tome sua cruz e venha” (Mt 16, 24). Oferece o jugo que Ele mesmo carregou e conosco carrega.

Nosso cristianismo somente pode ser vivido, com alegria e plenamente, na certeza de que Ele caminha ao nosso lado – “Quem se arrasta atrás de seu jugo com subterfúgios e compromissos, é derrubado pelo tédio e abatido pela solidão” (Missal Cotidiano - pág. 1035). 

Que jamais nos deixemos abater pela solidão, tristeza, desânimo, para que possamos carregar nossa cruz com alegria, confiança, disponibilidade, coragem e firmeza, até o fim.

Carreguemos o jugo da cruz, vivendo a Lei do Senhor, a Lei do Amor “... Este é o meu Mandamento: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,12). 

Somente o amor faz viver. O Mandamento do Amor se constitui na expressão máxima da vida cristã, porque Cristo mesmo nos disse – “... Ninguém teve maior Amor do que Aquele que dá a vida por Seus amigos.“ (Jo 15,13). 

E disse o Evangelista João: “Deus amou tanto o mundo que nos deu o Seu Filho único para que não morra quem n’Ele crer mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

O Senhor entregou Sua vida por nós, aceitou a morte, e morte de Cruz, amando-nos, amou-nos até o fim. Façamos por Ele e pelo nosso próximo o mesmo: descanso, forças e alegria no tempo presente encontraremos, e na eternidade plenamente viveremos. A glória da Cruz e a Lei do Amor, para sempre Amém!

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