terça-feira, 27 de agosto de 2024

Ser santo é irradiar a luz divina

                                                          

Ser santo é irradiar a luz divina

São sempre iluminadoras as palavras do Apóstolo Paulo, revigorando-nos em nosso discipulado, na fidelidade à missão que o Senhor nos confiou.

Reflitamos à luz da passagem da Carta de Paulo aos Romanos (Rm 12,1-2):

“Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: Este é o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.”

O Apóstolo exorta, em nome da misericórdia divina, para que façamos progressos espirituais cada vez maiores, e alguns verbos são muito expressivos:

1º – “a vos oferecerdes - urge que sejamos sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, pois nisto consiste o verdadeiro e frutuoso culto espiritual. Fazer da vida uma eterna e agradável oferenda a Deus, sobretudo colocando nossa vida no Cálice Sagrado do Senhor, configurados a Ele no Seu Mistério de Paixão e Morte, celebrando piedosa, ativa e frutuosamente a Sua Memória.

2º – “Não vos conformeis com o mundo – ou seja, não compactuar com a mentalidade do mundo, para que sal, luz e fermento sejamos, como bem nos falou o Senhor, nas passagens evangélicas, e próprio Apóstolo Paulo na Carta aos Filipenses, sobre ter os mesmos sentimentos de Jesus (Fl 2,5).

3º – “transformai-vos – implica viver em permanente atitude de conversão, para que melhor correspondamos aos desígnios de Deus, dando passos sucessivos na escala da perfeição e santidade.

4º – “renovando vossa maneira de pensar e julgar – a fim de que sejamos moldados pela mão de Deus, porque obras imperfeitas e inacabadas somos.

5º – “distinguir o que é a vontade de Deus” – discernir entre bem e o mal; a mentira e o ódio; o justo e desejável por Deus; o pecado e a graça; o que conduz à vida ou à morte; enfim, fazer o bom uso da liberdade de arbítrio, que por Ele nos foi concedida.

É sempre oportuno avaliar como estamos realizando a vontade de Deus, como rezamos ao repetir as palavras que o Senhor nos ensinou, na “Oração do Pai Nosso”: – “Seja feita a Vossa vontade...”.

Se necessário, procuremos o Sacramento da Penitência, para confessarmos nossos pecados, e absolvidos dos mesmos, façamos firmes propósitos de fazer progressos maiores ainda no caminho de santidade, que todos nós devemos nos colocar, comunicando a luz do Ressuscitado, vivendo a vida nova que recebemos no dia do Batismo.



(1) Lecionário comentado – Tempo Quaresma e Páscoa – Editora Paulus – 2011 – p. 202

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