sexta-feira, 26 de julho de 2024

Loide e Eunice: Educadoras da fé

                                                    


Loide e Eunice: Educadoras da fé
 
“Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou
 em sua avó Loide e em sua mãe Eunice, e estou convencido
de que também habita em você" (2 Tm 1, 5).
 
Reflexão à luz da passagem da Segunda Carta do Apóstolo Paulo a Timóteo (2 Tm 3,10-17), em que retomo os versículos 14 e 15:
 
“Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade, tu sabes de quem o aprendeste. Desde a infância conhece as Sagradas escrituras: elas têm o poder de te comunicar a Sabedoria que conduz à Salvação pela fé em Jesus Cristo”
 
Loide e Eunice, mãe de Timóteo, são nomes que não podem ser separados, não apenas por serem mãe e filha, mas por causa da fé sincera e da visão das Santas Escrituras, eram mulheres que estavam certas do poder da Palavra de Deus.
 
Embora seus nomes apareçam uma única vez na Bíblia, não se pode afirmar que suas vidas não foram importantes, ou que tenham pouca influência nos primeiros momentos do cristianismo. 

Os nomes destas duas mulheres ficarão para sempre na história por causa da impressão indelével que deixaram no Apóstolo Paulo, um dos maiores evangelistas e autor de grande parte do Novo Testamento, incluindo duas cartas a Timóteo:
 
“Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou  em sua avó Loide e em sua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em você" (2 Tm 1, 5)”.
 
A sabedoria esteve presente quando lhe deram o nome de Timóteo, que significa "aquele que teme a Deus".
 
Loide e Eunice, como boas mães, davam grande valor à Bíblia e aproveitaram todas as oportunidades para ensinar cuidadosamente o menino, e não apenas um conhecimento teórico, pois dia a dia testemunhavam pela própria vida a inseparável relação da fé com a prática, o que foi de fundamental importância na formação do caráter de Timóteo.
 
Evidentemente, o conhecimento que possuíam tinha seus limites próprios de mulheres judias que viviam numa terra estrangeira. Certamente possuíam o conhecimento do Antigo Testamento, e ainda não tinham, como hoje temos, a mensagem de que o Messias esperado tinha vindo na Pessoa de Jesus de Nazaré, e que Ele oferecia o perdão dos pecados não lhes era inteiramente clara; e ainda, que a Boa-Nova do Evangelho ao alcance de todos os que criam em Cristo, pois isto somente se tornou possível através da missão e pregação do Apóstolo Paulo.
 
Tendo a mãe e a avó, pelo poder do Espírito Santo, semeado generosamente essa Palavra no coração receptivo de Timóteo, desde criança, deu-se com ele, como em todos os cristãos, o novo nascimento:
 
“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus viva, e que permanece para sempre” (1 Pd 1, 23).
 
Deste modo, Timóteo tornou-se o primeiro cristão e depois um ativo mensageiro de Jesus Cristo, um embaixador de Deus (2 Cor 5, 20); um grande anunciador do Evangelho (2 Tim 4, 5), um homem sábio, expressão viva do que dissera o Profeta: "resplandecerá como o resplendor do firmamento, porque "ensinou a muitos a justiça" (Dn 12,3).
 
À luz desta reflexão, rezemos pelos nossos pais, mães, e de modo especial pelos nossos avôs e avós, que plantaram a semente da Palavra em nosso coração, como jardineiros do Senhor, fundamentais na formação cristã de todos nós.
 
Se vivos, contem com a luz do Santo Espírito na sagrada missão de educadores e semeadores do Senhor. Se já completaram a corrida e combateram o bom combate da fé, que tenham merecido a glória da glória e contemplem a luminosidade eterna nos céus.
 
Ontem, hoje e sempre precisamos de “Loides” e “Eunices”, mulheres impulsionadas por uma fé indefectível em Deus, que cultivem no coração dos que lhes foram confiados a fina flor da esperança, que exala odores maravilhosos de amor a Deus e ao próximo, inseparavelmente, cumprindo assim, plenamente, a Lei que nos foi dada.
 
 
PS: Reflexão oportuna para retomar no dia 26 de julho, quando comemoramos o Dia dos Avós.

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