terça-feira, 23 de julho de 2024

Com Santa Brígida, contemplemos o indizível Amor do Senhor!

                                                                        

Com Santa Brígida, contemplemos
o indizível Amor do Senhor!

Santa Brígida (Séc. XIV), Princesa sueca, esposa e mãe exemplar de oitos filhos, aos quais educou na fé cristã, tem memória celebrada em 23 de julho.

Ela nos deixou riquezas escritas para edificação dos fiéis, além da própria história de vida, consagrando sua viuvez à Igreja.

“Bendito sejas Tu, Senhor meu, Jesus Cristo, que com antecedência predisseste Tua morte, e na última ceia maravilhosamente consagraste em Teu precioso Corpo o pão material; aos Apóstolos o entregaste por amor em memória de Tua digníssima Paixão e, lavando-lhes humildemente os pés com Tuas mãos preciosas, demonstraste a máxima humildade.

Honra a Ti, meu Senhor, Jesus Cristo que, no temor do sofrimento e da morte, fizeste correr de Teu corpo inocente Sangue como suor, e, mesmo assim, realizaste até o fim nossa redenção, objeto de Teu desejo, e deste modo revelaste de modo claríssimo a Caridade que tens pelo gênero humano.

Bendito sejas Tu, Senhor meu, Jesus Cristo, que foste levado a Caifás, e Tu, o juiz de todos, permitiste a humilhação de seres entregue ao julgamento de Pilatos.

Glória a Ti, Senhor meu, Jesus Cristo, pelas zombarias que suportaste quando, revestido de púrpura, coroado de agudíssimos espinhos, permaneceste de pé; e sofreste em tua gloriosa face ser cuspido, ter os olhos vendados e com a máxima paciência ser duramente batido no rosto e no peito pelas infelizes mãos dos perversos.

Louvor a Ti, Senhor meu, Jesus Cristo, que Te deixaste ser atado à coluna, flagelado desumanamente e coberto de sangue, ser conduzido a Pilatos e mostrando-Te qual cordeiro inocente.

Honra a Ti, Senhor meu, Jesus Cristo, que, ensanguentado em todo o Teu corpo, foste condenado à morte de cruz, e a carregaste com dores em Teus sagrados ombros; conduzido com fúria ao lugar da Paixão, despojado das vestes, assim quiseste ser pregado no lenho da Cruz.

Honra perpétua a Ti, Senhor Jesus Cristo, que, em tanta angústia, humildemente olhaste com Teus benignos olhos amorosos Tua excelente mãe, que nunca pecou nem jamais consentiu no mínimo pecado; e, consolando-a, a entregaste a Teu discípulo para ser fielmente protegida.

Bênção eterna a Ti, Senhor meu, Jesus Cristo, que, na agonia da morte, deste a todos os pecadores a esperança do perdão, quando ao ladrão voltado para Ti prometeste misericordiosamente a glória do paraíso.

Louvor eterno a Ti, Senhor meu, Jesus Cristo, por todas as horas em que na Cruz suportaste as máximas amarguras e angústias por nós, pecadores; pois as dores agudíssimas nascidas de Tuas Chagas penetravam barbaramente em Tua bem-aventurada alma e atravessavam cruelmente Teu Sacratíssimo Coração, até que com um grito rendeste o espírito e, de cabeça inclinada, o entregaste humildemente às mãos de Deus, Teu Pai; e então morto, ficaste com Teu corpo todo frio.

Bendito sejas Tu, meu Senhor Jesus Cristo, que com Teu precioso Sangue e Morte Sacratíssima remiste nossas almas e as levaste em Tua misericórdia deste exílio para a vida eterna.

Glória a Ti, meu Senhor, Jesus Cristo, que quiseste que Teu bendito corpo fosse descido da Cruz por Teus amigos e reclinado nas mãos de Tua mãe dolorosa; e aceitaste ser envolto por ela em lençóis, depositado no sepulcro e ali ser guardado por soldados.

Honra eterna a Ti, meu Senhor, Jesus Cristo, que ressuscitaste ao terceiro dia e àqueles que escolheste Te manifestaste; depois de quarenta dias, subiste ao céu à vista de muitos, e lá colocaste honrosamente Teus amigos que havias libertado dos infernos.

Júbilo e louvor eterno a Ti, Senhor Jesus Cristo, que enviaste o Espírito Santo aos corações dos discípulos e neles aumentaste o imenso Amor Divino.

Bendito sejas Tu, louvável e glorioso pelos séculos, meu Senhor Jesus, que Te assentas no trono em Teu Reino dos céus, na glória de Tua divindade, vivendo no corpo com todos os santíssimos membros que recebeste da carne da Virgem. E deste modo, voltarás no dia do juízo para julgar as almas de todos os vivos e mortos; que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos. Amém.” (1)

Esta Oração eleva nossos pensamentos, levando-nos à contemplação de Jesus Cristo e Seu indizível Amor por nós.

Contemplando o Amor de Cristo, somos também levados a contemplá-Lo na pessoa de nosso próximo para que não incorramos em estéril contemplação.

Contemplamos para prolongá-lo em nossa existência, completando em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo por amor a Sua Igreja, como nos exortou o Apóstolo Paulo ao se dirigir aos Colossenses (Cl 1,24).

Contemplemos seu amor em plena fidelidade ao Senhor, como discípulos missionários do Senhor, vivamos, com a força e presença do Espírito Santo na comunhão de amor com o Pai.


(1) Liturgia das Horas – Vol. III – pág. 1440-1443.

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