Maria, Mãe da Igreja, caminha conosco
“Maria, Mãe da Igreja, soube desatar os nós da vida
com a força suave do amor”
Transcrevo parte do Decreto de março de 2018, em que o Papa Francisco instituiu a Celebração da Memória obrigatória de Santa Maria, Mãe da Igreja, na segunda-feira depois da Solenidade de Pentecostes:
“De certa forma, este fato, já estava presente no modo próprio do sentir eclesial a partir das palavras premonitórias de Santo Agostinho e de São Leão Magno. De fato, o primeiro diz que Maria é a mãe dos membros de Cristo porque cooperou, com a sua caridade, ao renascimento dos fiéis na Igreja. O segundo, diz que o nascimento da Cabeça é, também, o nascimento do Corpo, o que indica que Maria é, ao mesmo tempo, mãe de Cristo, Filho de Deus, e mãe dos membros do Seu corpo místico, isto é, da Igreja. Estas considerações derivam da maternidade divina de Maria e da sua íntima união à obra do Redentor, que culminou na hora da Cruz”.
Maria é “cooperadora”, com a sua caridade no renascimento dos fiéis na Igreja, como nos diz o Bispo e Doutor Santo Agostinho; assim como é Mãe da Igreja, Corpo Místico de Cristo, que por sua vez é a Cabeça da Igreja, como nos falou o Papa São Leão Magno.
O Decreto nos apresenta Maria, que nos é dada como Mãe aos pés da Cruz pelo Seu Filho, e na figura do discípulo amado somos seus filhos, a ela recorrendo como Mãe e a tendo em nosso lado em todos os momentos e em todas as situações, favoráveis ou adversas:
"A Mãe, que estava junto à Cruz (cf. Jo 19, 25), aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos os homens, personificado no discípulo amado, como filhos a regenerar a vida divina, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na Cruz, dando o Espírito. Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do Seu amor para com a Mãe, confiando-a a eles para que estes a acolhessem com amor filial”.
Concluo com a Oração a Maria, em que o Papa Francisco nos convida a confiarmos em uma Mulher que teceu a humanidade de Deus no seio, e soube guardar e meditar tudo em seu coração (cf. Lc 2, 19), e pode nos ajudar a “desatar os nós da vida com a força suave do amor”.
Oremos:
“Ó Maria, mulher e mãe,
Vós tecestes no seio a Palavra divina,
Vós narrastes com a vossa vida as magníficas obras de Deus.
Ouvi as nossas histórias,
guardai-as no vosso coração
e fazei vossas também as histórias
que ninguém quer escutar.
Ensinai-nos a reconhecer o fio bom que guia a história.
Olhai o cúmulo de nós em que se emaranhou a nossa vida,
paralisando a nossa memória.
Pelas vossas mãos delicadas, todos os nós podem ser desatados.
Mulher do Espírito, Mãe da confiança,
inspirai-nos também a nós.
Ajudai-nos a construir histórias de paz, histórias de futuro.
E indicai-nos o caminho para as percorrermos juntos”. (1)
Ave Maria, cheia de graça...
(1) Oração extraída da mensagem para o 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais
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