domingo, 26 de maio de 2024

“As duas mãos do Pai” (Santíssima Trindade)

                                                              

“As duas mãos do Pai”

Inesgotável a reflexão sobre o Mistério da Santíssima Trindade, que consiste no Mistério de um só Deus e três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Conhecemos as Pessoas divinas naquilo que as distingue pessoalmente, mediante missões específicas: Deus Pai enviou, juntamente, o Filho e o Espírito Santo, na história (cf. Jo 3, 16-17 e 14-26), para que Se fizessem presentes na humanidade.

Na Cruz, o Filho, Jesus Cristo, manifesta ao homem e mulher de todos os tempos o eterno dom que Deus faz de Si mesmo, revelando em Sua morte a íntima dinâmica de Seu Amor que une as três Pessoas, inseparáveis, como afirmou Santo Agostinho:

“Na Cruz se revela o encontro dos três amores: Deus Pai, o eterno Amante; Deus Filho, o eterno Amado; Deus Espírito, o eterno Amor”.

Santo Irineu (séc. II) afirmou que o Filho e o Espírito são como as duas mãos do Pai que abraçam os homens e mulheres de todos os tempos, para levá-los ao seio do Pai.

Crer no Mistério da Santíssima Trindade é empenho constante de viver inseridos nesta comunhão trinitária de amor, e, na fidelidade à primeira mão, ter de Jesus mesmos pensamentos e sentimentos, como discípulos missionários d’Ele, mas conduzidos e assistidos pela segunda mão do Pai, o Espírito Santo, que em nós fez morada no dia do nosso Batismo, e por Ele, somos cumulados dos sete dons, no Sacramento da Confirmação (sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, temor e piedade).

O Pai, o Filho e o Espírito são eternas mãos que se inter-relacionam em uma comunhão intensa e fecunda de diálogo, ternura, comunhão. Cabe a nós colocarmos nas mãos do Pai, em total fidelidade, todo o nosso ser, a nossa história.

Roguemos para que estas divinas mãos nos acompanhem, com o Ressuscitado caminhando conosco, e nas asas do Espírito que em nós habita, fazer voos na busca das coisas do alto, para que testemunhemos a fé, com coragem e ardor, e alegres partícipes na construção do Reino de Deus sempre sejamos. 

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