sexta-feira, 26 de abril de 2024

Síntese da mensagem do Santo Padre Francisco para o LXI Dia Mundial de Oração pelas Vocações (2024)

 


Síntese da mensagem do Santo Padre Francisco para o
LXI Dia Mundial de Oração pelas Vocações
 
O LXI Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2024, celebrado no quarto domingo de Páscoa, tem como o tema “Chamados a semear a esperança e a construir a paz”, com as marcas da sinodalidade: há muitos carismas e somos chamados a nos escutar reciprocamente e caminhar juntos para descobrir discernindo aquilo a que nos chama o Espírito para o bem de todos - “...no momento histórico presente, o caminho comum conduz-nos para o Ano Jubilar de 2025.
 
Caminhamos como peregrinos de esperança rumo ao Ano Santo, para, na descoberta da própria vocação e pondo em relação os diversos dons do Espírito, podermos ser no mundo portadores e testemunhas do sonho de Jesus: formar uma só família, unida no amor de Deus e interligada pelo vínculo da caridade, da partilha e da fraternidade.”
 
Em sua mensagem, o Papa Francisco nos convida a considerar o precioso dom da chamada que o Senhor dirige a cada um de nós, Seu povo fiel a caminho, pois dá-nos a possibilidade de tomar parte no Seu projeto de amor e encarnar a beleza do Evangelho nos diferentes estados de vida.
 
Dia favorável para recordar, com gratidão, diante do Senhor o compromisso fiel, cotidiano e muitas vezes escondido daqueles que abraçaram uma vocação que envolve toda a sua vida:
 
- mães e pais que não olham primeiro para si mesmos, nem seguem a tendência de um estilo superficial, mas organizam a sua existência cuidando das relações com amor e gratuidade, abrindo-se ao dom da vida e pondo-se ao serviço dos filhos e seu crescimento;
 
- aqueles que realizam, dedicadamente e em espírito de colaboração, o seu trabalho;
 
- aqueles que, em diferentes campos e de vários modos, se empenham por construir um mundo mais justo, uma economia mais solidária, uma política mais equitativa, uma sociedade mais humana, isto é, em todos os homens e mulheres de boa vontade que se dedicam ao bem comum;
 
- pessoas consagradas, que oferecem a sua existência ao Senhor quer no silêncio da oração quer na atividade apostólica, às vezes na linha de vanguarda e sem poupar energias, servindo com criatividade o seu carisma e colocando-o à disposição de quantos encontram;
 
- aqueles que acolheram a chamada ao sacerdócio ordenado, se dedicam ao anúncio do Evangelho, repartem a sua vida – juntamente com o Pão Eucarístico – pelos irmãos, semeiam esperança e mostram a todos a beleza do Reino de Deus;
 
- aos jovens, especialmente a quantos se sentem distantes ou olham a Igreja com desconfiança, exorta para que se deixem fascinar por Jesus Cristo.
 
Dia especial para elevar orações implorando ao Pai o dom de santas vocações para a edificação do Seu Reino: «Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a Sua messe» (Lc 10, 2).
 
Pôr-se a caminho como peregrinos da esperança, cientes de que “...o  nosso caminho sobre esta terra nunca se reduz a uma labuta sem objetivo nem a um vaguear sem meta; pelo contrário, cada dia, respondendo à nossa chamada, procuramos realizar os passos possíveis rumo a um mundo novo, onde se viva em paz, na justiça e no amor. Somos peregrinos de esperança, porque tendemos para um futuro melhor e empenhamo-nos na sua construção ao longo do caminho.
 
Esta é a finalidade de cada vocação: “tornar-se homens e mulheres de esperança. Como indivíduos e como comunidade, na variedade dos carismas e ministérios, todos somos chamados a «dar corpo e coração» à esperança do Evangelho neste mundo marcado por desafios epocais: o avanço ameaçador duma terceira guerra mundial aos pedaços, as multidões de migrantes que fogem da sua terra à procura dum futuro melhor, o aumento constante dos pobres, o perigo de comprometer irreversivelmente a saúde do nosso planeta...”
 
Por isso, é decisivo “para nós cristãos, cultivar um olhar cheio de esperança no nosso tempo, para podermos trabalhar frutuosamente respondendo à vocação que nos foi dada ao serviço do Reino de Deus, Reino do amor, de justiça e de paz. Esta esperança – assegura-nos São Paulo – «não engana» (Rm 5, 5)
 
Como peregrinos da esperança e construtores de paz, fundar a própria existência sobre a rocha da ressurreição de Cristo, sabendo que todos os nossos compromissos, na vocação que abraçamos e levamos por diante, não caiem no vazio, com a necessária coragem de se envolver, despertados do sono e saindo da indiferença.
 
Concluo com as palavras do Papa Francisco - “Levantemo-nos, pois, e ponhamo-nos a caminho como peregrinos de esperança, para que também nós, como fez Maria com Santa Isabel, possamos comunicar boas-novas de alegria, gerar vida nova e ser artesãos de fraternidade e de paz.”

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