Sejamos conduzidos pelo Bom Pastor
Na segunda-feira da quarta Semana da Páscoa, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 10,1-10), em que Jesus é nos apresentado como o Bom Pastor que conduz a humanidade às pastagens verdejantes e às fontes cristalinas de onde brota vida em plenitude.
A imagem do Bom Pastor nos remete ao Livro do Profeta Ezequiel (Ez 34), e nos traz uma mensagem catequética de que a promessa de Deus se cumpriu em Jesus Cristo. O Bom Pastor, esperado e prometido por Deus, agora encontra-Se presente no meio da humanidade.
Esta presença é recusada pelas autoridades de Seu tempo (cf. Jo 9), quando Jesus cura o cego de nascença.
As autoridades religiosas não somente preferiram continuar nas trevas da autossuficiência, como também impediram o Povo que lhes foi confiado de descobrir a luz libertadora que Jesus tinha para oferecer:
“Jesus não usa meias Palavras: os dirigentes judeus são ladrões e bandidos (cf. Jo 10,1), que se servem das suas prerrogativas para explorar o Povo (ladrões) e usam a violência para o manter sob a sua escravidão (bandidos).
Aproximam-se do Povo de Deus de forma abusiva e ilegítima, porque Deus não lhes confiou essa missão (“não entram pela porta”): foram eles que a usurparam. O seu objetivo não é o bem das “ovelhas”, mas o seu próprio interesse”. (1)
Diferentemente, Jesus estabelece com as pessoas uma relação pessoal de Amor e proximidade. Suas ovelhas reconhecem a Sua voz e O seguem, porque encontram segurança, liberdade e vida definitiva.
Jesus não somente caminha diante das ovelhas, mas Se fez o próprio Caminho (Jo 14, 6), estabelecendo uma relação de respeito à dignidade de cada um, à sua individualidade.
Relaciona-Se de forma humana, tolerante, amorosa e que também deve ser vivida pelo Seu rebanho, no cumprimento do Mandamento do Amor a Deus e ao próximo, de tal modo que se possa dizer: “tal Cristo, tal Pastor...”, numa coerência entre o crer, pregar e viver.
O rebanho reconhece a Sua voz e não se deixa seduzir pelo “canto da sereia”.
Jesus também diz que Ele é a “Porta”, e quem por ela entrar será salvo. Passar por esta Porta é encontrar a liberdade desejada e a vida em plenitude, numa total e incondicional adesão a Ele e seguimento até o fim, acolhendo e vivendo a Sua proposta, numa vida marcada pela doação, entrega e serviço por amor.
Renovemos a alegria de pertencermos ao rebanho do Senhor, com maior solicitude e fidelidade à Sua Voz para que nos empenhemos no caminho da santidade a serviço no mundo e na Igreja.
Oremos:
“Deus eterno e Todo-Poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor. Por N. S. J. C. Amém”.
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