terça-feira, 2 de abril de 2024

Verdadeiramente, uma incrível História de Amor!

                                                 

Verdadeiramente, uma incrível História de Amor!

O Amor teve a última palavra! 
Morte onde está tua vitória?

Reflitamos a partir de um dos Sermões de Santo Anastácio de Antioquia (Séc. XV),  sobre a incrível História de Amor que não conheceu final, pois Deus nos ama e nos amará sempre.

“Cristo, por Suas palavras e ações, revelou que era verdadeiro Deus e Senhor do universo. Ao subir para Jerusalém com Seus discípulos, dizia-lhes:

Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos  gentios, aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei, para ser escarnecido, flagelado e crucificado (Mt 20,18.19). Fazia, na verdade, estas afirmações em perfeita consonância com as predições dos profetas, que haviam anunciado Sua morte em Jerusalém.

Desde o princípio, a Sagrada Escritura havia predito a morte de Cristo com os sofrimentos que a precederiam, e também tudo quanto aconteceu com Seu corpo depois da morte; predisse igualmente que Aquele a quem tudo isto sucedeu é Deus impassível e imortal.

De outro modo, nunca poderíamos afirmar que era Deus se, ao contemplarmos a verdade da encarnação, não encontrássemos nela razões para proclamar, com clareza e justiça, uma e outra coisa, ou seja, Seu sofrimento e Sua impassibilidade.

O motivo pelo qual o Verbo de Deus, e, portanto, impassível, Se submeteu à morte é que, de outra maneira, o homem não podia salvar-se. Este motivo somente Ele o conhece e aqueles aos quais revelou. De fato, o Verbo conhece tudo o que é do Pai, como o Espírito que esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus (1Cor 2,10).

Realmente, era preciso que Cristo sofresse. De modo algum a Paixão podia deixar de acontecer. Foi o próprio Senhor quem declarou, quando chamou de insensatos e lentos de coração os que ignoravam ser necessário que Cristo sofresse, para assim entrar em Sua glória. Por isso, veio ao encontro do Seu povo para salvá-lo, deixando aquela glória que tinha junto do Pai, antes da criação do mundo.

Mas a salvação devia consumar-se por meio da morte do autor da nossa vida, como ensina São Paulo: Consumado pelos sofrimentos, Ele Se tornou o princípio da vida (cf. Hb 2,10).

Deste modo se vê como a glória do Filho unigênito, glória esta que por nossa causa Ele havia deixado por breve tempo, foi-lhe restituída, por meio da Cruz, na carne que tinha assumido. É o que afirma São João, no seu Evangelho, ao indicar qual era aquela água de que falava o Salvador:

Aquele que crê em mim, rios de água viva jorrarão do seu interior. Falava do Espírito, que deviam receber os que tivessem fé n'Ele; pois ainda não tinha sido dado o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado (Jo 7,38-39); e chama glória a Morte na Cruz. Por isso, quando o Senhor orava, antes de ser crucificado, pedia ao Pai que o glorificasse com aquela glória que tinha junto d'Ele, antes da criação do mundo”.


Quantas vezes contemplamos, meditamos sobre a real necessidade do sofrimento de Cristo para entrar em Sua glória!

Oportuno é este Sermão no fortalecimento de nossa espiritualidade para que esta incrível História de Amor perpetue na adoração e fidelidade a Ele que agora vive e reina em nosso meio.

A Ressurreição de Jesus, o Filho amado, pelo Pai foi eternizado o Amor, e a vida; a morte foi destruída pelo Seu aniquilamento, Paixão e Morte!

Concluindo:

Servo amado, passível de todo sofrimento e dor,
Escreveu página inédita e indispensável de amor.
Poderia ter ficado deitado eternamente no leito de morte...
Quem à humanidade veio gestar para nova vida e sorte?

Que amor! Que incrível História de Amor!
Crer em sua Ressurreição é não conhecer o fim da mesma.
É escrever a cada dia uma nova página com Ele Vitorioso.
Ele Vive, Ele reina, à direita do Pai: Senhor e Glorioso!

Aleluia! Aleluia! Aleluia!

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