Quinta-feira Santa: conhecer bem, para celebrar melhor
Quinta-feira Santa: conhecer bem, para
celebrar melhor
Reflitamos sobre a Quinta-feira
Santa, com a qual iniciamos o Tríduo Pascal que nos envolve completamente, e se
intensamente vivido, muda substancialmente a vida de quem o celebra ativa,
consciente, piedosamente, com abundantes frutos de alegria, vida, amor e paz.
Com a Missa do Crisma
normalmente celebrada pela manhã (pode ser antes, conforme a realidade de uma
Diocese, como acontece conosco, quando celebramos na quinta-feira que antecede
a Semana Santa), agradecemos a
Deus a graça da Instituição do Sacerdócio, e somos enriquecidos com a bênção
dos Santos Óleos dos Catecúmenos para o Sacramento do Batismo, o Óleo dos
Enfermos e a Consagração do Óleo do Santo Crisma para também ser usado nas
Ordenações Presbiterais, Episcopais, dedicação de altar e igrejas.
Na noite de
quinta-feira, iniciamos o Tríduo Pascal, celebrando a Missa da Ceia do Senhor, e
agradecemos a Deus de infinita bondade, a Instituição da Eucaristia, como
memorial da Sua Nova e Eterna presença; recebemos o Mandamento Novo do Amor e
aprendemos com Jesus, numa lição de humildade, a nos colocarmos sempre a
serviço, quando lavou os pés dos discípulos.
Nessa Missa, a Palavra
de Deus nos convida a refletir sobre a Eucaristia, ponto alto e fonte da vida
cristã.
A Missa não tem fim em
si mesma, continua em todo o nosso existir. Somos a presença d’Aquele que
recebemos no mundo. Transformamo-nos n’Aquele que recebemos, vivendo
o Novo Mandamento que Ele nos deu, criando laços mais humanos, belos e fraternos
em atitude de servidores do Reino da Vida.
Em resumo, há um
estreito vínculo indissolúvel entre a Eucaristia, a fraternidade universal, o
amor e o serviço. Eucarísticos que somos, testemunhas críveis do amor também o
seremos quando nossa vida for marcada por compromissos solidários em favor da
vida, sobretudo dos mais empobrecidos – “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que Eu fiz...” (Jo
13,15).
Após a Missa, a Igreja fica em Vigília, em
intensa adoração, recolhidos diante do Amor visível e tangível no Santíssimo
Sacramento, a ser transladado para lugar oportuno.
As portas dos Sacrários ficam abertas e
vazias, assim como Ele aniquilou-Se, despojou-Se de tudo para nos enriquecer de
todos os bens e de toda graça, nos devolvendo a condição filial perdida,
fazendo resplandecer a face sem brilho pelo pecado de nossos primeiros pais.
E assim, damos o
início ao maravilhoso Tríduo Pascal, culminando na Celebração da Páscoa do
Senhor, a Sua Gloriosa Ressurreição, então cantaremos o Aleluia.
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