O abismo da misericórdia divina
Com a Parábola da Misericórdia, Lucas nos apresenta, como um mosaico da misericórdia divina.
Contemplamos o dinamismo da conversão e da penitência, maravilhosamente descrito, e leva-nos à revisão de nosso caminho penitencial.
No centro da Parábola, temos “o pai misericordioso”, que respeita a iniciativa e liberdade do filho mais novo, sem nada antepor.
Notável o enganador deslumbramento do filho mais novo, “o filho pródigo”, em busca de uma liberdade ilusória e o abandono da casa paterna.
Com ela alcançada, a miséria extrema encontrada depois de delapidada a fortuna; a humilhação profunda de se ver obrigado a guardar porcos e, pior ainda, de desejar alimentar-se das bolotas que os porcos comiam.
Na necessária reflexão sobre os bens perdidos, o arrependimento e a decisão de se declarar culpado diante do pai, o caminho do regresso, contemplamos, sobretudo, o acolhimento generoso por parte do pai, sua alegria. Estes são alguns dos aspectos próprios do processo de conversão.
Meditemos sobre o fato novo, a veste nova, as sandálias, o anel, a e o banquete festivo que são símbolos desta vida nova, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida de todo aquele que volta para Deus e para o seio da família que é a Igreja.
Mas não deixemos de nos confrontar com a atitude do filho mais velho, diante da volta do irmão mais novo, que estava perdido e foi encontrado; morto e voltou a viver.
Contemplemos o coração de Cristo, que conhece a profundidade do amor do Seu Pai, e por isto pôde nos revelar o abismo da Sua misericórdia, de um modo tão cheio de simplicidade e beleza.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (n. 1439); Lc 15,1-3.11-32
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