sábado, 8 de março de 2025

Mulher, não sei o teu nome...

                                                         

Mulher, não sei o teu nome...

“Mas Jesus disse à mulher:
Tua fé te salvou. Vai em paz!”
(Lc 7, 50)

Mulher, não sei o teu nome, mas sei que te prostraste por detrás dos pés do Senhor;
Banhando Seus pés com as próprias lágrimas de arrependimento, abundantemente vertentes;
Secando-os com teus cabelos, cobrindo-os de beijos, com perfumada unção.

Mulher, não sei o teu nome...
Mas sei que és a própria humanidade, que aos pés do Senhor se prostra;
És capaz de reconhecer e chorar teus pecados diante de quem pode perdoá-los,
Jesus, verdadeiramente Homem, verdadeiramente Deus.

Mulher, não sei o teu nome...
Mas, como não reconhecer tua coragem entrando na casa de Simão?
Sem mesmo ser convidada, corajosamente, ironias e comentários, sem compaixão,
Por ti escutados, na ânsia tão intensa de ser amada, suportaste.

Mulher, não sei o teu nome...
Sei que casa entraste, e audaciosa foste,  “manchando” com teus pecados casa “tão pura”,
Bem sabias que pureza somente encontrarias se pelo Senhor fosses perdoada,
Por isto lavaste, com tuas lágrimas, os pés de quem poderia lavar tua alma e coração.

Mulher, não sei o teu nome...
Sei que foste acolhida por Aquele que te olhou com ternura,
Que te viu além do que eras, olhando para além de tua miséria,
Comunicou-te a misericórdia. No perdão dado, a paz comunicada.

Mulher, não sei o teu nome...
Sei que te aventuraste na mais corajosa aventura indo ao encontro do Senhor,
Pois tinhas o desejo mais puro que se possa ter: ser acolhida por Deus, por amor,
Para, amada e perdoada, espalhar pelo mundo o suave perfume de Amor do Senhor.

Mulher, não sei o teu nome...
Sei que creste num Deus que é maior que o nosso coração, indubitavelmente,
Cuja benevolência tem entranhas maternas, e mais forte que nosso pecado;
Um Deus que nos ama como pecadores, destruindo em nós tão apenas o pecado que abomina.

Mulher, não sei o teu nome...
Sei tão apenas que foste ao encontro não de alguém para apagar teu passado,
Mas de alguém que pudesse renovar teu coração, comunicando um dom novo,
Que fizesse desencadear um amor indizível, jamais sentido.

Mulher, não sei o teu nome...
Mas, que aprendamos de ti a mesma atitude diante do Senhor tomar,
Aprendendo que a vida vale a pena quando por Ele nos deixamos amar,
E, por Ele amados e perdoados, o outro também amar e perdoar.

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